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Espanha anuncia reabertura a turistas estrangeiros e volta do futebol

A liga nacional de futebol deverá retornar em 8 de junho e os turistas, a partir de julho

Por AFP 23 Maio 2020, 20h06

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou a reabertura do país aos turistas estrangeiros e também o retorno do campeonato de futebol. “A parte mais difícil passou. A grande onda da pandemia foi superada”, disse Sánchez em entrevista coletiva.

A decisão foi tomada para tentar amenizar a tensão no país. A liga de futebol, suspensa desde meados de março, retornará a partir de 8 de junho. A abertura do país aos turistas deverá ocorrer a partir de julho. Em 12 de maio, o governo impôs uma quarentena de duas semanas a todos os visitantes até o confinamento terminar.

A Espanha é um dos países mais atingidos pela pandemia, que causou 28.628 mortes de espanhois. O presidente, que não possui maioria absoluta no Parlamento, havia conseguido na quarta-feira, 20, aprovar o prolongamento do estado de alarme até 6 de junho, uma medida excepcional decretada em 14 de março.

O governo considera essencial manter o estado de alarme para continuar limitando a liberdade de movimento durante desconfinamento, planejado em etapas até o final de junho. No entanto, a quarentena está enfrentando crescente rejeição, tanto no Parlamento quanto nas ruas, onde o uso de máscara é obrigatório desde 21 de maio.

“Os turistas estrangeiros (…) agora podem planejar suas férias em nosso país”, anunciou Sánchez. Essa autorização é crucial para o segundo destino turístico do mundo, onde o setor representa 12% do PIB. “Garantimos que os turistas não correrão nenhum risco nem trarão riscos ao nosso país”, afirmou.

O dirigente socialista também anunciou que uma renda mínima vital começará em junho, da qual 850.000 famílias poderiam se beneficiar, a um custo anual de cerca de 3 bilhões de euros. A Espanha foi confrontada com uma forte explosão de pobreza devido à suspensão da atividade econômica – ordenada para parar a pandemia -, que forçou milhares de pessoas a recorrer aos bancos de alimentos pela primeira vez em suas vidas.

“Estamos a um passo da vitória, mas precisamos lembrar que o vírus não desapareceu e que o que precisamos fazer é mantê-lo afastado. É essencial, eu diria vital, não relaxar”, alertou o dirigente. A forma como o governo lidou com a pandemia levou milhares de pessoas a se manifestarem neste sábado, 23, tanto em Madri quanto em outras cidades do país, em carreatas.

O governo foi “incapaz de proteger seu povo, seus idosos e seus trabalhadores da saúde”, declarou o líder do partido de extrema-direita Vox, Santiago Abascal, em um ônibus de dois andares em Madri. O governo de Sánchez depende de uma coalizão frágil entre os socialistas e o partido radical de esquerda Podemos, e exige apoio parlamentar para levar adiante suas iniciativas.

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“Seu maior erro é fazer um pacto com os terroristas para decidir sobre a saúde de 40 milhões de espanhóis”, denunciou Marina Samber, 51, referindo-se ao acordo alcançado na quarta-feira com o partido separatista basco EH Bildu. Essa formação provoca rejeição em grande parte dos espanhóis, que a veem como herdeira do partido Batasuna, proibida por ter sido o braço político do antigo grupo separatista armado ETA.

Por outro lado, o governo decretou um luto oficial de 10 dias a partir de terça-feira em homenagem às vítimas da pandemia. A partir de segunda-feira, Madri e Barcelona, as duas principais fontes de contágio na Espanha, poderão reabrir os bares, hotéis e museus, com limitações no número de clientes, como metade do país já faz há duas semanas.

As áreas mais avançadas no desconfinamento, onde vivem 22 milhões de pessoas, passarão para a próxima fase, que permite a reabertura de praias, piscinas, teatros e cinemas, com limite de capacidade.

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