Ao menos 62 pessoas morreram e quase 300 ficaram feridas no domingo (03) devido à mais grave erupção do Vulcão de Fogo, na Guatemala, em mais de quatro décadas.
O fenômeno provocou rios de lava em áreas próximas e uma chuva de cinzas sobre a capital do país, Cidade da Guatemala.
O governo local estima que o número de feridos deixados pela erupção é de 296 pessoas, e que 3.100 foram retiradas de áreas próximas, com uma quantidade ainda não determinada de desaparecidos.
Algumas das vítimas fatais eram da comunidade de El Rodeo, no sopé do vulcão, um dos mais ativos dentre os 37 do país, localizado a cerca de 50 quilômetros da capital.
As imagens exibidas na televisão e divulgadas nas redes sociais mostram corpos no chão, assim como veículos e casas destruídos pela erupção. Em um primeiro balanço, o secretário da Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conred), Sergio Cabañas, afirmou que as vítimas fatais foram presas pela lava que desceu do vulcão.
A erupção acabou após 16 horas e meia de atividade, mas existe a probabilidade de uma retomada, afirmou o Instituto de Vulcanologia, que recomendou medidas de precaução.
O presidente Jimmy Morales decretou três dias de luto e estado de emergência ou calamidade em Escuintla, Sacatepéquez e Chimaltenango, mas a medida precisa ser ratificada pelo Congresso.
“Essa é a maior erupção desde 1974, temos tido erupções constantes, mas não nesta dimensão, que caíram até oito quilômetros de lava de grande magnitude”, disse Gustavo Chigna, especialista do Instituto Nacional de Sismologia e Vulcanologia, a mídias locais.
“A erupção continua, se mantém e a atividade pode se manter por mais algumas horas e, de noite, será extremamente perigoso porque não há forma de retirar as pessoas ou ver os caminhos”, advertiu.
(Com Reuters e AFP)