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Erdogan cobra sauditas por localização do corpo de jornalista assassinado

Presidente turco quer extradição de dezoito funcionários da Arábia Saudita envolvidos na morte de Jamal Khashoggi

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h05 - Publicado em 26 out 2018, 09h39
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  • O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, exigiu nesta sexta-feira que a Arábia Saudita divulgue a localização do corpo de Jamal Khashoggi e extradite os dezoito detidos pelo assassinato do jornalista para que sejam julgados pelos tribunais turcos.

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    Erdogan também pediu que os sauditas revelem quem deu a ordem para matar Khashoggi, dizendo que a Turquia tem mais informações sobre o caso do que as que compartilhou até agora.

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    “Se a Arábia Saudita quiser lavar esta mancha, que entregue essas dezoito pessoas para a Turquia e as julgaremos”, disse o presidente, relembrando que o assassinato aconteceu em Istambul.

    Para o turco, as versões apresentadas por Riad até agora sobre a morte do jornalista são “infantis”. “Essas declarações infantis não combinam com a seriedade dos assuntos de governo”, disse ele. “É óbvio que (Khashoggi) está morto. Mas onde? Onde está o corpo?”

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    “Quem deu a ordem?”, continuou Erdogan em um discurso para membros de seu partido em Ancara. “Quem deu a ordem para que quinze pessoas viessem à Turquia?”, afirmou, em referência a uma equipe de segurança de 15 membros que a Turquia disse ter ido a Istambul apenas horas antes do assassinato.

    Erdogan também disse que o procurador-geral da Arábia Saudita vai se encontrar com o procurador de Istambul no domingo.

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    “Não é que não tenhamos mais provas. Nós as temos. Vai chegar o momento. Não devemos nos precipitar. As autoridades sauditas anunciarão quem matou Khashoggi”, afirmou.

    Crítico do governo saudita, o jornalista vivia em exílio nos Estados Unidos. No último dia 2, ingressou no consulado de seu país em Istambul para buscar documentos para seu casamento, mas foi assassinado por um grupo de agentes de Riad.

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    O governo saudita, comandado pelo príncipe-herdeiro Mohammed bin Salman, é apontado pela Turquia como o mandante do crime. O corpo do jornalista ainda não foi encontrado.

    As autoridades sauditas mudaram sua versão sobre os fatos em várias ocasiões. Primeiro, afirmaram que Khashoggi foi morto em uma briga com oficiais consulares. Alguns dias depois, uma autoridade do governo recuou e disse que o jornalista tinha sido assassinado em uma “operação clandestina” não autorizada pela administração saudita.

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    Ao reconhecer a morte do jornalista, a Promotoria saudita anunciou a detenção de dezoito pessoas e a demissão de dois funcionários de segurança envolvidos nos fatos.

    As explicações sauditas não convenceram. Céticos, os governos ocidentais e a Turquia exigiram uma investigação “crível e transparente”.

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    (Com Reuters e EFE)

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