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Equador define novo presidente neste domingo em eleição acirrada

Eleitores escolhem entre candidato de esquerda e ex-banqueiro. Vencedor irá substituir presidente Rafael Correa

Por Da redação
2 abr 2017, 13h04
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  • Eleitores do Equador votam neste domingo em uma disputada eleição presidencial que pode ver um aliado do presidente Rafael Correa estender uma década de governo de esquerda ou um ex-banqueiro adotar políticas mais amigáveis para os negócios.

    O país está nervoso após uma tensa campanha que teve como centro uma economia decadente, enquanto Estados da região andina observam a disputa para ver se o Equador seguirá Argentina, Brasil e Peru em uma guinada à direita após o fim do boom das commodities.

    Repercussão internacional

    A eleição no Equador também tem repercussão internacional, com o desafiante conservador Guillermo Lasso prometendo retirar o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, da embaixada do Equador em Londres se vencer a disputa de domingo.

    O candidato do governo, Lenin Moreno, de 64 anos, ex-vice-presidente que é paraplégico, perdeu a vitória no primeiro turno, em fevereiro, pelo limite mínimo e as últimas pesquisas o mostram a frente de Lasso no segundo. Moreno, que usa uma cadeira de rodas desde que foi baleado em um assalto em 1998, prometeu ampliar os benefícios sociais para mães solteiras, pensionistas e portadores de necessidades especiais equatorianos, enquanto é mais conciliador que Correa.

    Ele retrata seu oponente como um elitista que acabará com políticas de bem-estar social e o conecta à crise financeira de 1999, quando centenas de milhares de equatorianos perderam suas poupanças, uma mensagem que ressoou fortemente no país pobre de cerca de 16 milhões de habitantes.

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    “Um banqueiro não pode ligar para pobreza”, disse o defensor do governo Hugo Moreno enquanto fumava em uma parada de ônibus na nebulosa capital andina, Quito. “Eu não quero que nada mude”.

    Lasso, de 61 anos, é ex-presidente do Banco de Guayaquil e fez campanha em cima da criação de um milhão de empregos em quatro anos. Ele argumenta que as generosas promessas sociais de Moreno arriscam afundar ainda mais a economia do Equador em dívidas. Ele também acusa o partido governista Aliança País de acobertar escândalos de corrupção, sufocar a imprensa e abarrotar as instituições com apoiadores, assim como o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, um aliado de Correa.

    De fato, a crise política na Venezuela está criando uma sombra sobre a eleição do Equador. “Estamos começando o que a Venezuela começou a se tornar sete anos atrás”, disse o eletricista Carlos Forgues, 34 anos, um ex-apoiador do governo que votará em Lasso.

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    “Eles (os venezuelanos) acordaram para a cruel realidade, vendo o governo tomando o controle de tudo e isso é o que está começando a acontecer aqui, com a falta de dinheiro, falta de empregos, constantes mudanças na política econômica, saída de empresas e falta de investimentos”.

    (Com Reuters)

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