Entenda o que é a Celac, cúpula da qual Lula participará na Argentina
Bloco reúne 33 países com intuito de buscar autonomia para América Latina
![This handout picture released by the Argentinian Foreign Ministry shows Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva (C), accompanied by his wife Rosangela "Janja" da Silva (L) and Argentine Foreign Minister Santiago Cafiero (R), during his arrival to the Jorge Newbery Aeroparque Military Air Station in Buenos Aires, on January 22, 2023. - Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva begins his first international tour this Sunday with a visit to Argentina and Uruguay with the aim of restoring regional leadership to Brazil after the management of the far-right Jair Bolsonaro. (Photo by Irina Dambrauskas / Argentinian Foreign Ministry / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / ARGENTINIAN FOREIGN MINISTRY / IRINA DAMBRAUSKAS" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/01/000_337M6GR.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá, nesta segunda-feira, 23, e na terça-feira, 24, com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e participará da 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Lula, que desembarcou na noite de domingo, 22, em Buenos Aires para uma série de encontros políticos, informou no dia 5 de janeiro que o Brasil retornou à Celac, bloco que o país havia deixado por dois anos durante o mandato de Jair Bolsonaro.
Criado no México em 2010 e oficializado em 2011, a Celac é um reúne 33 países e busca a integração latino-americana e caribenha, além da coordenação política, econômica e social de seus membros.
A ideia da aliança surgiu em 1980, quando alguns países não concordavam com a política intervencionista do presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. Em 1985, Brasil, Argentina, Peru e Uruguai formaram o Grupo do Rio, com o objetivo de fortalecer a democracia e o desenvolvimento econômico e social.
Nas décadas seguintes, mais países se aliaram: Bolívia, Chile, Costa Rica, Cuba, Equador, Nicarágua e Paraguai. Com a expansão de governos de esquerda na América Latina nos anos 2000, a chamada “onda rosa”, o caldo engrossou.
Lula, que também era presidente do Brasil na época, convocou um encontro com líderes da região na Costa do Sauípe, na Bahia. Essa foi a primeira reunião de governos latino-americanos e caribenhos sem a participação dos Estados Unidos ou da Europa.
Durante o mandato de Bolsonaro, o ex-presidente retirou o Brasil da Celac em 2020, medida justificada por divergências políticas e ideológicas com Cuba e Venezuela.