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Entenda a ameaça a seis alvos nos Estados Unidos

Líderes do Partido Democrata receberam pacotes com explosivos; ataques parecem conectados; responsável ainda não foi identificado

Por Da Redação
Atualizado em 24 out 2018, 20h28 - Publicado em 24 out 2018, 15h53

Desde segunda-feira (22), pacotes contendo dispositivos explosivos foram enviados a políticos e autoridades aliadas ao Partido Democrata nos Estados Unidos. Os casos ainda não foram oficialmente relacionados, mas ao que tudo indica estão ligados.

O alarme em torno dos incidentes começou na manhã desta quarta-feira (24), quando o Serviço Secreto americano comunicou que havia interceptado dois pacotes com explosivos endereçados às casas do ex-presidente Barack Obama e da família dos democratas Hillary e Bill Clinton.

Pouco depois, o prédio onde fica a sede da emissora CNN e outras empresas de mídia foi esvaziado por conta de outro pacote com explosivos. Segundo as primeiras informações, a entrega estava endereçada a John Brennan, ex-diretor da CIA e convidado frequente dos programas do canal de notícias.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que a tentativa de ataque à sede da CNN foi um “ato de terror”

O escritório da deputada pelo Estado da Flórida e ex-presidente do Comitê Democrata Debbie Wasserman Schultz também foi esvaziado depois de receber um pacote com explosivos.

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A entrega não visava  Schultz, e sim ao ex-secretário de Justiça Eric Holder, mas foi enviado ao escritório da deputada porque seu nome constava na embalagem como remetente.

Na tarde desta quarta-feira, um pacote suspeito foi interceptado em uma unidade de correios em Capitol Heights, cidade do Estado de Maryland vizinha à capital americana. Estava endereçado à deputada democrata Maxine Waters, da Califórnia.

Na segunda-feira (22), um explosivo foi encontrado e desativado na caixa de correio do bilionário húngaro naturalizado americano George Soros, conhecido apoiador de causas progressistas.

A autoria das tentativas de ataque ainda não foi confirmada pela polícia ou pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos.

Os explosivos enviados à sede da CNN e ao escritório de Wasserman Schultz foram feitos de forma improvisada, usando canos e fios elétricos. Os dispositivos estavam dentro de grandes envelopes amarelos, com etiquetas que indicavam o destinatário e o remetente.

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O comissário da polícia de Nova York, James O’Neill, descreveu o pacote enviado à CNN como um “dispositivo explosivo vivo”, que também continha um envelope com um pó branco não identificado.

Segundo relatos e a divulgação de uma fotografia, o pacote trazia pequenas bombas caseiras, mas potencialmente letais: um tubo metálico cheio de material explosivo e estilhaços, hermeticamente selado nas extremidades, que seria detonado por um fusível colocado através de uma agulha.

O Serviço Secreto e o FBI não divulgaram detalhes sobre os outros explosivos enviados à Obama, Hillary e Bill Clinton e Soros.

Obama e Clintons

Na manhã desta quarta-feira (24), o Serviço Secreto dos Estados Unidos divulgou a descoberta de dois pacotes explosivos. Um deles foi endereçado à casa do ex-presidente Barack Obama em Washington D.C. e interceptado hoje.

A segunda entrega foi retida próxima à casa do ex-presidente Bill Clinton e da ex-candidata à Presidência pelo Partido Democrata Hillary Clinton no Condado de Westchester, em Nova York.

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Os dois explosivos foram descobertos pelas equipes de segurança durante “procedimentos rotineiros de triagem de correspondência”. Segundo o Serviço Secreto, os democratas não chegaram a receber as encomendas e não correram qualquer risco.

De acordo com fontes ouvidas pela CNN, Hilary Clinton não estava em casa na terça-feira, pois fazia campanha para os democratas antes das eleições de meio de mandato, que serão realizadas em novembro. Seu marido e ex-presidente Bill Clinton, contudo, estava na residência em Westchester no dia em que o pacote foi enviado.

Os porta-vozes de Barack Obama e sua mulher Michelle não quiseram comentar sobre a localização do casal e de sua família nesta quarta-feira.

Sede da CNN em Nova York

Na manhã desta quarta, o prédio onde fica a sede da CNN em Nova York foi esvaziado depois que os funcionários do local detectaram a presença de um explosivo em um pacote endereçado a John Brennan, ex-diretor da CIA e convidado frequente dos programas do canal de notícias.

O Time Warner Center é considerado um dos prédios mais altos do mundo. Os escritórios das empresas de mídia WarnerMedia e Turner no prédio também tiveram de ser esvaziados por precaução, incluindo os funcionários do canal de televisão TNT.

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O dispositivo explosivo encontrado foi transportado pelo esquadrão antibomba de Nova York para outro local. Segundo a polícia de Nova York, um envelope com pó branco também foi encontrado no prédio.

O pacote com explosivo estava endereçado a John Brennan e tinha como remetente a deputada democrata Democrata Debbie Wasserman Schultz, que também foi alvo das tentativas de ataques de hoje.

Brennan fez parte do governo Obama e é crítico constante de Donald Trump. Sua autorização de acesso a informação sigilosa foi retirada pelo atual presidente em agosto. A decisão do republicano gerou grande controvérsia e motivou um grupo de 170 ex-diretores de agências de inteligência, oficiais e funcionários a assinaram uma nota se opondo à decisão.

Escritório de deputada democrata

O escritório da deputada pelo Estado da Flórida e ex-presidente do Comitê Democrata Debbie Wasserman Schultz também teve que ser esvaziado nesta quarta depois que o pacote suspeito foi identificado por seus funcionários.

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A área ao redor do prédio foi toda cercada pela polícia e um esquadrão antibomba foi acionado. O gabinete fica na cidade de Sunrise, na Flórida.

As primeiras informações dão conta de que o pacote enviado à Schultz estava, na verdade, endereçado ao ex-secretário de Justiça Eric Holder, mas continha o endereço errado e foi enviado de volta ao remetente.

Segundo a etiqueta na embalagem, o pacote havia sido enviado pela deputada, por isso voltou ao seu escritório. Holder também faz parte do Partido Democrata.

George Soros

Um pacote também foi encontrado em uma caixa de correio do lado de fora da residência do multimilionário e filantropo George Soros em Nova York na segunda-feira (22).

Soros, um dos maiores doadores do mundo para grupos e causas progressistas, tornou-se alvo de ativistas da alt-right, vertente de extrema direita nos Estados Unidos.

Um funcionário da casa localizada na região de Katonah, Nova York, abriu o pacote, descobriu o que parecia ser um dispositivo explosivo e chamou a polícia. Soros não estava em casa.

Segundo os oficiais que responderam ao chamado, o explosivo não detonou sozinho, mas foi ativado pelo esquadrão de bombas em uma área arborizada próxima.

Prédio em San Diego

Um prédio de San Diego, na Califórnia, onde fica a sede do jornal San Diego Union-Tribune e o gabinete da senadora democrata Kamala Harris também foi esvaziado nesta quarta. Incialmente, acreditava-se que o incidente estava relacionado aos anteriores, mas logo a informação foi desmentida.

Segundo o site do Union-Tribune, uma pilha de pacotes suspeitos foi deixada em frente ao edifício da cidade. A polícia local, contudo, logo confirmou que as caixas não continham explosivos, mas objetos cotidianos.

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