Enchentes destroem barracas em Gaza, agravam crise e levam à morte de bebê palestino
Enclave palestino enfrenta chuvas torrenciais, com 850 mil pessoas em áreas propensas a inundações
A Faixa de Gaza foi atingida por chuvas torrenciais nesta quinta-feira, 11, resultando na inundação de centenas de barracas utilizadas por famílias deslocadas e na morte de uma bebê por exposição ao clima. As informações divulgadas pela agência de notícias Reuters apontam que a maioria dos acampamentos improvisados espalhados pelo enclave está alagada, motivo pelo qual a Defesa Civil recebeu mais de 2.500 pedidos de socorro.
De acordo com autoridades locais, não foi possível lidar de maneira adequada com as consequências da tempestade devido à falta de combustível e danos a equipamentos. O governo controlado pelo Hamas acusou Israel de destruir, ao longo da guerra de dois anos, os veículos utilizados para bombear água. Ao longo desta manhã, relatou a Reuters, era possível ver pertences de moradores flutuando nas poças de água da chuva.
Em Khan Younis, no sul de Gaza, a pequena Rahaf Abu Jazar, de oito meses, morreu de exposição ao frio após a tenda de sua família inundar. “Quando acordamos, encontramos a chuva e o vento. De repente, ela morreu de frio”, disse a mãe da bebê, Hejar Abu Jazar, em entrevista à Reuters.
“Não havia nada de errado com ela”, contou Hejar, enquanto chorava e segurava a filha com as mãos.
Segundo as Nações Unidas, 761 abrigos para deslocados correm alto risco de inundação em Gaza. Há cerca de 850 mil pessoas nos locais, embora muitos venham se mudando devido ao receio gerado pelas chuvas. A maioria dos abrigos do enclave está desgastada, as tendas compostas por material plástico fino e folhas de tecido, apontados como insuficientes pela ONU. A organização estima que são necessárias pelo menos 300 mil novas tendas para atender mais de 1,5 milhão de pessoas que ainda estão deslocadas.
+ ONU reduz pela metade projeção de ajuda humanitária para 2026 e alerta contra apatia
Um enclave palestino na costa leste do Mar Mediterrâneo, a Faixa de Gaza foi transformada em ruínas com o conflito entre Israel e Hamas, que começou em outubro de 2023. Embora um cessar-fogo tenha sido implementado em 10 de outubro, a falta de estrutura decorrente da guerra, somada aos problemas no fornecimento de insumos básicos, provocam dificuldades para a população local.
“Ruas alagadas e barracas encharcadas tornam as condições de vida, já precárias, ainda mais perigosas”, apontou a agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA, em uma publicação no X. De acordo com ela, “esse sofrimento poderia ser evitado com ajuda humanitária irrestrita, incluindo apoio médico e abrigo adequado”.
O acordo entre Israel e o Hamas prevê o envio de ajuda humanitária a palestinos. Lideranças do grupo terrorista e agências humanitárias acusam Tel Aviv de barrar a entrada de parte dos insumos prometidos na trégua. O governo israelense nega as alegações, diz que cumpre suas obrigações e culpa as agências por ineficiência e o Hamas por desvio de suprimentos.
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