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Embaixadora dos EUA no Brasil: Haverá eleições livres apesar de Bolsonaro

Durante sabatina no Senado, a indicada de Joe Biden, Elizabeth Bagley, defendeu as instituições democráticas e combate ao desmatamento

Por Amanda Péchy
18 Maio 2022, 15h24

A indicada pelo presidente Joe Biden para ser a nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, cutucou o governo de Jair Bolsonaro durante sua sabatina no Senado americano nesta quarta-feira, 18. A diplomata disse que as eleições deste ano no Brasil devem passar por dificuldades, mas que confia nas instituições democráticas do país.

“Se for confirmada, afirmarei nossa confiança nas instituições democráticas e no sistema eleitoral do Brasil e na importância de manter a confiança pública nesse sistema antes das eleições nacionais de outubro no Brasil”, afirmou durante seu discurso.

“Reforçarei o compromisso dos Estados Unidos de fortalecer a democracia, os direitos humanos e o Estado de Direito no Brasil”, acrescentou.

Depois do discurso de abertura, quando questionada durante a sabatina sobre os repetidos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro, declarou: “Bolsonaro tem dito muitas coisas, mas o Brasil é uma democracia. Tem Judiciário e Legislativo independentes, liberdade de expressão. Eles têm todas as instituições democráticas para realizar eleições livres e justas.”

“Sei que não será um momento fácil, muito em razão dos comentários [de Bolsonaro]. Apesar disso, há uma base institucional”, disse, fazendo referência à possibilidade “a la Trump” do presidente questionar os resultados eleitorais em caso de derrota.

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Em seu discurso, Bagley também tocou em outra deficiência do atual governo brasileiro: a conservação ambiental. A perda de floresta amazônica em 2021 foi a pior dos últimos quinze anos e o volume de multas do Ibama, 80% menor.

“O Brasil abriga 30% das florestas tropicais do mundo, incluindo 60% da Amazônia, a maior e mais biodiversa floresta tropical do mundo. Uma das minhas principais prioridades será incentivar os esforços para aumentar a ambição climática, reduzir drasticamente o desmatamento, proteger os defensores da floresta e processar crimes ambientais e atos de violência relacionados”, disse a indicada de Biden.

A área ambiental ganhou papel central nas relações dos Estados Unidos com o Brasil depois que Biden chegou à Casa Branca, juntando-se a países europeus na pressão internacional para que o governo brasileiro trabalhe para conservar a Amazônia. Bagley, inclusive, foi assessora de John Kerry, o principal conselheiro de Biden para questões ambientais.

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A diplomata ainda precisa do aval da Comissão de Relações Exteriores e da aprovação do Senado para assumir o cargo. Senadores indicaram que querem concluir o processo a tempo do pleito de outubro, porque governo americano avalia que o pleito tende a ser conturbado.

Segundo investigação da agência de notícias Reuters, o diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), William Burns, alertou no ano passado os membros do gabinete de Jair Bolsonaro que eles e o presidente deveriam parar de questionar o sistema eleitoral do Brasil quanto às eleições de outubro.

Diplomata de longa data, além de ter assessorado John Kerry, também foi assessora-sênior de Hillary Clinton durante a gestão de Barack Obama e de Madeleine Albright, no governo de Bill Clinton. Ela também foi embaixadora de Portugal e representante especial para a Assembleia-Geral das Nações Unidas.

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