Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em retirada do Afeganistão, EUA deixam principal base militar do país

Ação ocorreu sem cerimônia pública e posto avançado, a partir do qual os EUA travaram uma guerra por 20 anos, foi entregue ao governo afegão

Por Da Redação Atualizado em 2 jul 2021, 10h29 - Publicado em 2 jul 2021, 10h28

Os Estados Unidos e aliados da Otan retiraram todos os seus soldados de Bagram, principal base aérea americana durante a ocupação do Afeganistão , anunciaram autoridades nesta sexta-feira, 2. A retirada ocorreu na noite de quinta-feira, sem cerimônia pública, e o posto avançado, a partir do qual os EUA travaram uma guerra por quase duas décadas, foi entregue ao governo afegão.

“Todas as forças da coalizão já deixaram Bagram”, disse um funcionário de alto escalão das forças dos EUA no Afeganistão, que pediu para permanecer anônimo, à agência de notícias Efe.

Um porta-voz do Ministério da Defesa afegão confirmou que “todas as tropas da coalizão e dos EUA deixaram a base aérea de Bagram na noite passada. A base foi entregue à ANDSF (Forças de Defesa e Segurança Nacional do Afeganistão)”. 

“A ANDSF protegerá a base e a usará para combater o terrorismo”, acrescentou. 

A tomada do comando da base aérea, localizada cerca de 70 quilômetros ao norte de Cabul, faz parte do processo de transferência acordado com os EUA para a retirada das tropas internacionais.

Conforme planejado, as forças dos EUA e da OTAN entregariam equipamentos e instalações militares ao Afeganistão antes da retirada de seus soldados do país, que começou em 1º de maio.

Continua após a publicidade

Durante anúncio da retirada, em abril, o presidente americano, Joe Biden, afirmou que é “hora de acabar com a nossa guerra mais longa”, ressaltando ser o quarto presidente a participar dela.

Com a transferência de Bagram, os EUA encerram sua presença militar em seu campo de aviação mais importante no Afeganistão, após quase duas décadas de conflito, junto a forças pró-governo, contra os talibãs.

Os aliados da OTAN também já começaram a retirar seus cerca de 7.000 soldados. No entanto, a saída das forças internacionais foi acompanhada por um aumento da violência no país asiático.

Desde o início da retirada americana em 1º de maio, o Talibã tomou o controle de quase 80 dos 407 distritos das forças governamentais, levantando sérias preocupações entre os afegãos quanto à sua intenção de encerrar a guerra de 20 anos pela via pacífica.

A guerra no Afeganistão, a mais longa da história dos EUA, começou em outubro de 2001 com a missão de caçar o líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, mentor dos ataques de 11 de setembro, que morreu durante uma operação americana no Paquistão em 2011. 

Continua após a publicidade

“Bom passo para a paz”

Nesta sexta-feira, talibãs  comemoraram a retirada da base aérea de Bagram e qualificaram o movimento como “um bom passo” para a paz no país.

“Acreditamos que é um bom passo para todos os afegãos e abre caminho para estabelecermos e mantermos a paz. A saída de todas as forças estrangeiras do país é benéfica tanto para os Estados Unidos quanto para os afegãos”, disse o principal porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid.

A instalação vinha sendo usada há muito tempo para lançar aviões de ataque contra o Talibã e outros grupos e se tornou o quartel-general das tropas de Operações Especiais dos EUA neste conflito.

O acordo feito previa que, em troca da retirada, o grupo reduziria seu apoio a grupos terroristas da região.

O Talibã deve romper todos os laços com a al-Qaeda, além de iniciar negociações com o governo afegão rumo a um cessar-fogo e um acordo de paz. As conversas começaram em setembro passado, mas ainda não evoluíram e a organização chegou a aumentar seu território.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.