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Em primeiro discurso, vice exalta Trump: ‘Maior esperança dos EUA’

Senador J.D. Vance aceitou oficialmente a indicação para compor a chapa republicana na eleição presidencial

Por Da Redação Atualizado em 18 jul 2024, 07h25 - Publicado em 18 jul 2024, 00h23

O senador por Ohio J.D. Vance aceitou oficialmente nesta quarta-feira, 17, a indicação do Partido Republicano para ser vice na chapa encabeçada por Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos. Vance discursou na convenção da sigla, encerrando o dia de evento.

Vance começou o discurso fazendo referência ao atentado sofrido por Trump no último sábado. “Não podemos esquecer que essa noite poderia ter sido diferente”, afirmou. “Em vez de um dia de celebração, poderia ter sido um dia de dor e luto.”

O senador afirmou que Trump, como um homem de negócios bem-sucedido, não precisava da política, mas “o país precisava dele”. “Trump deu tudo de si para lutar pelo país”, afirmou. “Disseram que ele era um tirano e deveria ser parado de toda maneira, ele respondeu pedindo união ao país, literalmente logo depois de um assassino quase acabar com sua vida”, afirmou.

“Ele é durão, mas se preocupa com as pessoas, desafia um assassino em um momento, mas pede união do país”, continuou Vance.

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O senador por Ohio defendeu que “do Iraque ao Afeganistão, da crise financeira à Grande Recessão, das fronteiras abertas aos salários estagnados, as pessoas que governam este país fracassaram de novo e de novo”.

“Isso, claro, até aparecer um cara chamado Donald J. Trump”, seguiu. “O presidente Trump representa a maior esperança dos Estados Unidos para reaver aquilo que, se perdido, pode nunca ser encontrado de novo”.

“A única coisa que precisamos fazer agora, a coisa mais importante que podemos fazer por essa nação americana que todos nós amamos, é reeleger Donald J. Trump como presidente dos Estados Unidos”, disse Vance.

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“Senhor presidente, nunca vou menosprezar a confiança que você depositou em mim e a honra que é ajudar a concretizar a visão extraordinária que você tem para este país”, continuou o senador. “Agora, prometo a todos os americanos, não importa seu partido, que darei tudo o que tenho para servi-los e fazer deste país um lugar onde cada sonho que vocês têm para si mesmos, sua família e seu país será possível novamente.”

A convenção do partido começou na segunda-feira e se estenderá até esta quinta, 18, quando será a vez de Trump discursar. Conforme o magnata disse em entrevista ao Washington Examiner, o tom da fala deve ser outro. “Honestamente, agora será um discurso totalmente diferente”, afirmou. “Esta é uma chance de unir o país inteiro, até mesmo o mundo inteiro. O discurso será muito diferente, muito diferente do que teria sido dois dias atrás”, acrescentou o ex-presidente.

Quem é J.D. Vance

“Após longas deliberações e reflexões, e considerando os talentos tremendos de muitos outros, decidi que a pessoa mais adequada para assumir a posição de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande estado de Ohio”, escreveu Trump ao anunciar o companheiro de chapa.

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Trump descreveu o colega com uma série de elogios. Destacou que J.D. serviu “honoravelmente ao nosso país” no Corpo de Fuzileiros Navais, graduou-se na Universidade Estadual de Ohio em dois anos, “com honras”, e que é graduado pela Faculdade de Direito de Yale. Também parabenizou o livro do senador por Ohio, Hillbilly Elegy, que virou filme na Netflix (no Brasil, Era Uma Vez um Sonho, com Glenn Close e Amy Adams), “por defender os homens e mulheres trabalhadores do nosso país”.

J.D. é casado com a advogada Usha Vance desde 2014. Com ela, teve três filhos: Ewan, Vivek e Mirabel. Ao contrário de outros nomes cotados, não é trumpista de carteirinha e já teceu duras críticas ao agora aliado. Em meio às eleições de 2016, o financista escreveu a Josh McLaurin, membro do Senado da Georgia, que não sabia se Trump era “um babaca cínico como Nixon, que não seria tão ruim (e pode até ser útil)” ou “Hitler da América”.

O jogo virou durante a sua candidatura para o Senado, em 2022, quando declarou seu arrependimento e caiu nas graças do ex-presidente, sendo eleito três semanas depois com o seu apoio. Entre a agenda compartilhada com o candidato republicano está a insatisfação com os gastos americanos com guerras, como os bilhões dados à Ucrânia, e a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira com o México.

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Ele também apresentou uma legislação para proibir cuidados de saúde voltados para a afirmação de gênero e para banir programas de diversidade apoiados pelo governo federal. É conhecido por se opor ao aborto e acredita que a Casa Branca deve encontrar caminhos para estimular a população a ter mais filhos para embarreirar a transição demográfica — postura compartilhada pelo governo da primeira-ministra ultradireitista da Itália, Giorgia Meloni.

Mas, ao mesmo tempo, parece não ter uma postura inflexível sobre quem não concorda com restrições duríssimas à interrupção da gravidez. Em dezembro, disse à emissora americana CNN que os republicanos devem “aceitar que as pessoas não querem proibições gerais ao aborto” e, no início deste mês, apoiou o acesso ao medicamento abortivo mifepristona.

Campanha republicana

A campanha eleitoral de Trump recebeu mais de US$ 400 milhões (cerca de R,1 bilhões) em arrecadações de grupos alinhados ao ex-presidente entre abril e junho, quantia recorde que corresponde quase ao valor arrecadado durante sua campanha inteira de 2016, quando o republicano venceu as eleições presidenciais, de acordo com uma análise do jornal britânico Financial Times divulgada na terça-feira 16.

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O montante quase dobrou em relação ao mesmo período da última campanha eleitoral de Trump, em 2020, e provavelmente aumentará após o atentado contra o ex-presidente

As doações aumentaram significativamente após Trump ser condenado por falsificação de registros de negócios no caso que investigou o pagamento de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels, para silenciá-la sobre um caso do passado, no final de maio. Um dia após o ex-presidente ser considerado culpado, surgiram mais de 450 mil doações, superando o recorde anterior de 85 mil contribuições em um dia.

O aumento das arrecadações fez com que a campanha de Trump ultrapassasse, no segundo trimestre do ano, a do presidente Joe Biden, que recebeu US$ 270 milhões (cerca de R$1,4 bilhão) nesse período. Até o final de março, os grupos que apoiavam o democrata estavam liderando as doações, com um total de US$ 413 milhões (cerca de R$2,2 bilhões), enquanto os grupos pró-Trump haviam recebido US$ 326 milhões (cerca de R$1,7 bilhão).

Os grupos utilizaram parte dos fundos que levantaram para ajudar o republicano a lutar contra seus processos criminais. A maior doação da campanha veio do herdeiro bancário Tim Mellon, que direcionou US$ 75 milhões (cerca de R$410 milhões) a um super Pac Pró-Trump – dos quais US$ 50 milhões (cerca de R$273 milhões) chegaram no dia seguinte à condenação do ex-presidente. Ike Perlmutter, ex-presidente da Marvel Entertainment, também doou US$ 10 milhões no mesmo dia.

A tentativa de assassinato sofrida por Trump no sábado também incentivou um aumento nas doações, inclusive de bilionários do Vale do Silício e de Wall Street.

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