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Em mensagem a Trump, Maduro pede para que evite ‘guerras injustas’ e clama por ‘paz’

Líder chavista abordou ataques americanos no Caribe e Pacífico de maneira vaga, atendo-se a dizer que estava 'ocupado com as pessoas e em governar em paz'

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 nov 2025, 12h12 - Publicado em 14 nov 2025, 12h09

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mandou um novo recado ao seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quinta-feira, 14, em meio à escalada das tensões. Em comício com a juventude venezuelana, o líder chavista abordou os ataques americanos a barcos no Caribe e Pacífico, que somam 80 mortos, de maneira vaga, atendo-se a dizer que estava “ocupado com as pessoas e em governar em paz”. Mais tarde, ele foi questionado pela emissora americana CNN se tinha alguma mensagem endereçada ao povo americano.

Ele, então, fez um apelo pacifista: “Unamo-nos pela paz no continente. Não mais guerras eternas. Não mais guerras injustas. Não mais Líbia. Não mais Afeganistão”, afirmou. Em seguida, a convite da CNN, falou diretamente ao republicano, arranhado no inglês: “Yes, peace. Yes, peace” (“Sim, paz. Sim, paz”, em português).

O pedido, contudo, não foi atendido. Horas depois, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, anunciou a operação militar “LANÇA DO SUL”, com objetivo de “remover narcoterroristas” e “proteger nossa Pátria de drogas que estão matando nosso povo”. O planejamento militar prossegue em um cenário de crescente mobilização militar americana na América Latina e do aumento das expectativas de uma possível ampliação das operações no Caribe e Pacífico.

Nos últimos meses, os Estados Unidos lançaram ao menos 21 ataques a barcos na região. Os atos são considerados “execuções extrajudiciais” pela Organização das Nações Unidas (ONU), e geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional.

+ EUA mostram grupo de ataque de porta-aviões ‘letal’ que pressiona Maduro; veja fotos

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Trump x Maduro

Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

Trump também revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar Maduro. Os EUA acusam o venezuelano de liderar o Cartel de los Soles e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado pelo mandatário da Casa Branca de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”.

Em cerco a Maduro, o governo americano despachou o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerard Ford, destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados para o Caribe. Em paralelo, militares de alto escalão apresentaram nesta quarta-feira, 12, opções de operações na Venezuela, incluindo ataques por terra, informou a emissora americana CBS News.

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Pressionado, Maduro ativou os chamados “Comandos Integrados de Defesa”, uma nova estrutura que reúne “todas as instituições públicas do Estado venezuelano, a instituição militar e todo o poder popular” para fortalecer a capacidade de defesa em caso de confronto militar. A medida foi sancionada na véspera e faz parte da Lei do Comando para a Defesa da Nação, que será implementada “em três níveis de governo: nacional, estadual e municipal”, como informou o presidente da Assembleia Nacional, Jorge de Jesús Rodríguez.

“Se dependesse de nós, como República, como povo, pegar em armas para defender este patrimônio sagrado dos libertadores, estaríamos prontos para vencer e triunfar por meio do patriotismo e da coragem”, disse o líder chavista nesta terça-feira, 11.

A legislação, baseada na “doutrina militar” de Hugo Chávez e aperfeiçoada por Maduro, define uma estrutura organizacional e operacional para os Comandos, além de estabelecer funções voltadas tanto para a defesa nacional quanto para a manutenção da vida produtiva e dos serviços públicos no país.

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A estrutura é subordinada ao Comando Operacional Estratégico das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Ceofanb). Isso significa que a direção, supervisão e coordenação das suas atividades são responsabilidade do órgão, comandado pelo general Domingo Antonio Hernández Lárez. Os treinamentos dos soldados também serão realizados pelo Ceofanb.

 

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