Em meio à violência de gangues, Suécia convoca Exército e polícia
Ao todo, 11 pessoas foram mortas apenas em setembro em decorrência do problema de violência que tem crescido na Suécia
O primeiro-ministro da Suécia convocou o chefe das Forças Armadas e o comissário da polícia numa tentativa de conter a violência de gangues. A declaração de Ulf Kristersson acontece após uma onda de violência no país que matou pelo menos 11 pessoas só em setembro.
Na última quarta-feira, 27, duas pessoas foram mortas em tiroteios separados na capital, Estocolmo. Além disso, uma mulher na casa dos 20 anos, considerada uma espectadora inocente, foi morta quando uma bomba destruiu uma casa na cidade de Uppsala nas primeiras horas da última quinta-feira, 28.
“Este é um momento difícil para a Suécia. Uma mulher de 25 anos foi para a cama ontem à noite, numa noite completamente normal, mas nunca conseguiu acordar”, disse Kristersson. “Vamos caçar as gangues, vamos derrotar as gangues.”
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Kristersson formou um governo minoritário de centro-direita após as eleições do ano passado, com o apoio dos populistas e anti-imigrantes Democratas Suecos, colocando fim aos oito anos de governos liderados pelos social-democratas no país. A sua coligação venceu as eleições, em parte, com a promessa de conter a crescente violência dos gangues.
O governo já lançou uma série de iniciativas, tais como maiores poderes para a polícia e punições mais severas para crimes com armas de fogo. As medidas ainda não entraram em vigor, mas o primeiro-ministro culpou os governos anteriores pelos problemas.
“Foi uma política de imigração irresponsável e uma integração fracassada que nos trouxeram até aqui”, concluiu Kristersson.