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Em meio à crise com Maduro, Trump ameaça presidente da Colômbia: ‘Ele será o próximo’

Em resposta, Gustavo Petro afirmou que 'Trump está muito mal informado sobre a Colômbia' e que 'parece que seus interlocutores o estão enganando'

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 dez 2025, 17h11 •
  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovou as ameaças nesta quarta-feira, 10, ao seu homólogo da Colômbia, Gustavo Petro, em meio à escalada das tensões na América Latina. Em comentários a repórteres na Casa Branca, o republicano alegou que “a Colômbia está produzindo muitas drogas” e mandou um recado a Petro: “É melhor ele se conscientizar ou será o próximo. Ele será o próximo em breve. Espero que ele esteja ouvindo, ele será o próximo”, disse.

    Em resposta, o líder colombiano afirmou que “Trump está muito mal informado sobre a Colômbia”, acrescentando: “É uma vergonha, porque ele desconsidera o país que mais entende de tráfico de cocaína; parece que seus interlocutores o estão enganando completamente”. Ele também informou que Bogotá apreendeu 2.700 toneladas de cocaína desde o início do seu mandato, em agosto de 2022.

    “Essa terrível desinformação direcionada ao presidente dos Estados Unidos o leva a fazer declarações e tomar medidas que não podem ser direcionadas a um presidente democraticamente eleito pela maioria da sociedade colombiana”, afirmou Petro.

    “Não espero mais ser convidado a Washington, mas sim que Trump venha à Colômbia para ver o que é um laboratório de cocaína, como nove são destruídos todos os dias e como apreendemos dezenas de toneladas de drogas”, concluiu.

    Há muito que Trump alega que Petro é “líder do tráfico de drogas” e “bandido”, embora nunca tenha apresentado provas. Em paralelo, intensifica-se o clima de hostilidade entre EUA e Venezuela, reflexo do envio de forças americanas ao Caribe e Pacífico em suposto cerco ao narcotráfico. Ainda na quarta, Trump anunciou a apreensão de um petroleiro na costa venezuelana.

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    O ditador Nicolás Maduro condenou o “ato de pirataria internacional” e disse que o episódio revela que, na verdade, o governo Trump está interessado nos “recursos (naturais) que pertencem exclusivamente ao povo venezuelano”. O líder chavista também instou que agricultores e pescadores se preparassem para “quebrar os dentes” dos Estados Unidos.

    + Putin liga para Maduro para manifestar apoio em meio a escalada de tensão EUA-Venezuela

    Tensão no Caribe

    No final de outubro, o líder americano revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar o ditador Nicolás Maduro. Fontes próximas à Casa Branca afirmam que o Pentágono apresentou a Trump diferentes opções, incluindo ataques a instalações militares venezuelanas — como pistas de pouso — sob a justificativa de vínculos entre setores das Forças Armadas e o narcotráfico.

    Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles — designado uma organização terrorista estrangeira em novembro — e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado por Trump de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”. Em paralelo, intensificam-se os ataques a barcos de Organizações Terroristas Designadas, como define o governo americano, no Caribe e no Pacífico. Ao menos 83 tripulantes foram mortos.

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    Há poucas semanas, militares americanos de alto escalão apresentaram opções de operações contra Caracas a Trump. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, o chefe do Estado-Maior Conjunto, Dan Caine, e outros oficiais entregaram planos atualizados, que incluíam ataques por terra. Segundo a emissora CBS News, a comunidade de Inteligência dos EUA contribuiu com o fornecimento de informações para as possíveis ofensivas na Venezuela, que variam em intensidade.

    O planejamento militar ocorre em meio à crescente mobilização militar americana na América Latina e ao aumento das expectativas de uma possível ampliação das operações na região, em atos considerados como “execuções extrajudiciais” pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além do porta-aviões, destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para o Caribe, enquanto Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano.

    Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

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    Dados das Nações Unidas enfraquecem o discurso de caça às drogas. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 indica que o fentanil — principal responsável pelas overdoses nos EUA — tem origem no México, e não na Venezuela, que praticamente não participa da produção ou do contrabando do opioide para o país. O documento também aponta que as drogas mais usadas pelos americanos não têm origem na Venezuela — a cocaína, por exemplo, é consumida por cerca de 2% da população e vem majoritariamente de Colômbia, Bolívia e Peru.

    Uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na última sexta-feira, 14, revelou que apenas 29% dos americanos apoiam o uso das Forças Armadas dos Estados Unidos para matar suspeitos de narcotráfico, sem o devido processo judicial, uma crítica às ações de Trump. Em um sinal de divisão entre os apoiadores do presidente, 27% dos republicanos entrevistados se opuseram à prática, enquanto 58% a apoiaram e o restante não tinha opinião formada. No Partido Democrata, cerca de 75% dos eleitores são contra as operações, e 10% a favor.

     

     

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