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Em Kiev, Greta chama atenção aos danos ambientais causados pela guerra

Ativista sueca também criticou resposta global ao colapso da barragem ucraniana de Nova Kakhovka, no início deste mês

Por Da Redação
Atualizado em 29 jun 2023, 19h30 - Publicado em 29 jun 2023, 19h30
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  • A ativista Greta Thunberg criticou nesta quinta-feira, 29, a resposta global ao colapso da barragem ucraniana de Nova Kakhovka, ocorrido no início deste mês. No que chamou de “ecocídio”, a sueca afirmou que as consequências ambientais da explosão não foram tratadas com a devida seriedade pela comunidade internacional.

    Em visita a Kiev, Greta participou da primeira reunião de um grupo de trabalho internacional sobre supostos crimes ambientais da Rússia, que inclui figuras políticas europeias. Segundo o chefe da equipe presidencial ucraniana e copresidente da equipe, Andriy Yermak, a associação procura encontrar mecanismos de responsabilização para julgar autoridades russas.

    “Não acho que a reação mundial a esse ecocídio tenha sido suficiente”, disse Greta. “Temos que falar mais alto sobre isso, temos que aumentar a conscientização sobre o que está acontecendo”.

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    Maior reservatório ucraniano em volume de água, com 30 metros de altura e 3,2 km de comprimento, a barragem fornecia água para a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e para o sistema de reatores na usina nuclear de Zaporizhzhia, também sob controle russo, a partir das águas do rio Dnipro. Com o seu colapso, milhares de residentes de cidades próximas tiveram que deixar suas casa.

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    Apesar da troca de acusações, russos e ucranianos ainda negam a autoria do ataque. Uma investigação feita pelo jornal americano The New York Times levanta a possibilidade de que a explosão teria sido organizada pelo governo de Vladimir Putin. Os explosivos teriam sido acondicionados previamente em um local conhecido pelos russos, que auxiliaram na construção da represa.

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    Por meio das suas redes sociais, o procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, destacou que o meio ambiente não deve continuar a ser uma “vítima silenciosa da guerra”, em uma publicação que marcou o encontro inédito do grupo de trabalho. Ele ressaltou, ainda, que a “guerra danifica as paisagens naturais e agrícolas, ameaçando a segurança alimentar global”.

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    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também esteve presente na reunião e agradeceu os membros pelo “sinal de apoio extremamente importante”.

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