Os presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel; da Venezuela, Nicolás Maduro; e da Nicarágua, Daniel Ortega, participaram neste sábado, 14, em Havana, da 18ª Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), que comemora 15 anos, mas enfraquecida pelas saídas de Equador e Bolívia.
A Alba encerrou sua reunião com um apelo à unidade de seus membros, diante da “política agressiva e intervencionista” dos Estados Unidos.
“Os desafios que enfrentamos reafirmam a necessidade de fechar fileiras diante de ameaças, interferências e agressões externas”, afirma a declaração final da cúpula da organização, criada por Fidel Castro e Hugo Chávez.
O texto, lido pelo ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, condena “a política agressiva e intervencionista do governo dos Estados Unidos, que com a cumplicidade das oligarquias nacionais e da mídia corporativa, juntamente com as conseqüências da aplicação estrita de modelos neoliberais desumanos, são as causas principais da perigosa instabilidade regional”.
A declaração ainda classifica como “golpe de Estado contra o governo constitucional” o movimento que levou à renúncia de Evo Morales na Bolívia, repudia “as ameaças do uso da força pelo governo dos Estados Unidos contra a Venezuela”, bem como “as repetidas tentativas desestabilizadoras contra o governo “de Daniel Ortega na Nicarágua.
A cúpula acontece em um momento em que o governo Donald Trump aumenta suas sanções econômicas contra Venezuela, Cuba e Nicarágua, países que ele chama de “troika da tirania”.
Ao abrir a cúpula pela manhã, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel pediu para que se “enfatize a Alba como plataforma de coordenação política e defesa da independência, o paz e integração regional”.
Atualmente, fazem parte da Alba Antígua e Barbuda, Cuba, Dominica, Granada, Nicarágua, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela.
(Com AFP e EFE)