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Em fórum econômico, Putin confirma envio de armas nucleares para Belarus

No mesmo discurso, presidente russo diz que, por enquanto, não vê necessidade de recorrer às ogivas

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 jun 2023, 12h24

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou na sexta-feira que enviou armas nucleares para a Belarus, um importante aliado regional na guerra contra a Ucrânia. Em discurso no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, Putin disse, no entanto, que não vê necessidade de recorrer a armas nucleares, por enquanto. O conflito acontece desde 2014, quando o governo russo anexou a Crimeia e começou a armar e incitar separatistas na região de Donbass, no sudeste do país.

“As primeiras ogivas nucleares foram entregues ao território da Belarus”, afirmou Putin. “Apenas as primeiras, a primeira parte. Faremos esse trabalho completamente no fim do verão (do hemisfério norte) ou no fim do ano.”

Segundo o presidente russo, a instalação do arsenal nuclear na Belarus, a primeira movimentação estratégica dessa natureza desde o fim da União Soviética, tem a intenção de ser um aviso ao Ocidente que apoia incondicionalmente a Ucrânia. “É precisamente um elemento de dissuasão para que todos aqueles que estão pensando em nos infligir uma derrota estratégica não sejam alheios a esta circunstância”, disse ele, em uma linguagem diplomática muito fácil de ser traduzida.

O líder russo anunciou em março que havia concordado em instalar armas nucleares na Belarus, lembrando que os Estados Unidos fizeram o mesmo movimento em vários países europeus ao longo de muitas décadas. O presidente bielorrusso, Aleksander Lukashenko, disse na terça-feira que algumas das ogivas enviadas são até três vezes mais poderosas do que as bombas atômicas que os americanos lançaram sobre o Japão em 1945.

O presidente da Rússia também alertou contra a normalização das conversas sobre o uso de armas nucleares, alertando que “o próprio fato de discutir esse tópico já reduz o limite para seu uso”. Ao mesmo tempo, Putin rejeitou a ideia de se envolver em qualquer negociação de desarmamento nuclear com o Ocidente. “Possuímos mais armamento desse tipo do que os países da Otan”, disse. “Eles sabem disso e estão sempre tentando nos persuadir a iniciar negociações sobre redução.”

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