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Em fala marcada por erros, Biden rejeita desistir de corrida eleitoral

Presidente confundiu o nome da vice-presidente Kamala Harris com Donald Trump e encontrou dificuldades para finalizar raciocínios

Por Da Redação
Atualizado em 12 jul 2024, 11h49 - Publicado em 11 jul 2024, 20h42

Pouco depois de cometer uma gafe em um discurso na cúpula da Otan, em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu nesta quinta-feira, 11, sua primeira entrevista coletiva após uma performance considerada como desastrosa em debate presidencial contra Donald Trump, que fez membros de seu próprio Partido Democrata questionarem se ele deveria continuar na corrida eleitoral. Apesar de ter reforçado que não pretende abandonar sua candidatura, confundiu o nome da vice-presidente Kamala Harris com Donald Trump e encontrou dificuldades para finalizar suas frases e concluir o raciocínio, jogando, mais uma vez, os holofotes sobre sua idade avançada.

Em resposta a uma pergunta da agência de notícias Reuters sobre suas preocupações sobre a capacidade da vice-presidente Harris de derrotar Trump se ela fosse a candidata presidencial, Biden erroneamente a chamou de Trump. A troca de nomes ocorre justamente em um momento em que aliados e assessores apelam para que ele participe de compromissos mais improvisados, de forma a mostrar que ainda está afiado mentalmente. Os deslizes, no entanto, podem ter o efeito contrário.

“Eu não teria escolhido o vice-presidente Trump para ser vice-presidente caso não pensasse que ela está qualificada para ser presidente”, disse Biden.

Aos 81 anos, caso consiga um novo mandato, o atual presidente americano deixaria o poder com 86 anos. A preocupação é que novos episódios como esse se repitam nas próximas semanas, desgastando cada vez mais sua imagem em relação a Trump, de 78 anos. As eleições no país estão marcadas para o dia 5 de novembro.

Perguntado se ainda tem resistência para o ritmo cansativo de trabalho, e sobre relatos de que teria dito que precisava colocar mais limites em sua agenda, respondeu que, com a idade, aprendeu a ter mais controle.

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“O que eu disse foi que, em vez de começar todos os dias às 7h e ir para a cama à meia-noite, seria mais inteligente controlar o ritmo um pouco mais”, reconheceu o presidente. “Em vez de começar uma arrecadação de fundos às 9h, comece às 8h. Eles podem ir para casa às 10h. É disso que estou falando.”

Em seguida, cutucou o adversário republicano: “Minha agenda está lotada. Onde Trump esteve? Andando em seu carrinho de golfe, preenchendo seu cartão de pontuação antes de acertar a bola? Ele não fez praticamente nada”.

Em defesa de sua candidatura, também disse ser “o mais qualificado para vencê-lo na candidatura à presidência: venci-o uma vez e irei vencê-lo novamente”.

Nova pesquisa

Uma nova pesquisa do Pew Research Center, divulgada nesta quinta-feira, mostrou que Biden aparece atrás de Trump nas intenções de voto, aumentando ainda mais a pressão para que ele desista da corrida. O levantamento é congruente com outro feito pelo jornal americano The New York Times após o desempenho desastroso de Biden no debate contra Trump, em que apresentou dificuldades para formar frases fortes e coerentes.

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Se as escolhas se restringissem apenas a Biden e Trump, o republicano teria uma vantagem um pouco mais estreita: 50% contra 47%.

Devido à performance nas pesquisas e ao fracasso no debate presidencial, tem aumentado o coro para que o presidente desista da reeleição em favor de alguém mais jovem. A decisão precisa ocorrer antes da Convenção Nacional do Partido Democrata, marcada para os dias 19 a 22 de agosto, mas pode prejudicar a campanha do novo candidato se demorar tanto.

A pesquisa, também realizada após o debate do final de junho, mostrou que só 24% dos eleitores descrevem o presidente como “mentalmente aguçado”, enquanto mais que o dobro dessa parcela (58%) sente o mesmo em relação a Trump. O Pew observou que a percepção sobre a aptidão de Biden para o cargo caiu significativamente em relação a 2020, quando 46% o consideravam “mentalmente aguçado, e 6 pontos percentuais somente em relação a janeiro.

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