Em crise por causa dos protestos, Peru fecha acesso a Machu Picchu
Manifestações que pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte já deixaram ao menos 50 mortos no país
O Peru vive uma das suas maiores crises políticas da história recente, com uma onda de protestos pela renúncia da presidente Dina Boluarte, que que já deixou ao menos 50 mortos.
Neste sábado, o governo anunciou a suspensão por tempo indeterminado do acesso à cidade Inca de Machu Picchu, um dos principais destinos turísticos do país latino. A informação foi confirmada pela agência de notícias francesa AFP.
Na sexta, a gestão de Boluarte ordenou o fechamento dos aeroportos de Cusco e Arequipa. Na quinta, um protesto em Lima terminou com um incêndio de grandes proporções a um casarão colonial no centro da capital peruana.
Os protestos se estendem pelas regiões rurais, onde foram registrados os maiores confrontos com a polícia, que terminaram em mortes de manifestantes, elevando a pressão sobre o governo.
A turbulência política no Peru começou no fim do ano passado, depois que o então presidente Pedro Castillo, alvo de seguidos protestos no país, foi destituído pelo Parlamento em 7 de dezembro após tentar um autogolpe e tentar fechar o Congresso e convocar uma nova Assembleia Constituinte. O plano não prosperou e ele acabou preso.
Boluarte, então, assumiu e manifestantes de regiões rurais saíram em protesto pelo país contra a nova administração, com pedidos de novas eleições.