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Em carta, ex-capitão de submarino se despede do filho tripulante

“Agora acredito que podem descansar em paz, a bordo de seu submarino e no mar argentino”, escreveu o comandante Jorge Bergallo

Por Cláudio Goldberg Rabin, de Mar del Plata
Atualizado em 26 nov 2017, 20h16 - Publicado em 26 nov 2017, 19h25
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  • O capitão da marinha Jorge Bergallo perdeu o filho no submarino que um dia comandou. Embora a palavra “morte” nunca seja usada pelo governo argentino para descrever a situação dos 44 tripulantes do ARA San Juan, desaparecidos há 11 dias, o militar está resignado. “Meu filho morreu em serviço”, escreveu Bergallo sobre o filho Jorge Ignacio em uma carta endereçada a colegas ex-comandantes da Fragata Argentina Libertad.

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    O ex-comandante mudou de visão depois que se tornou pública a informação de que uma explosão havia detectada em um ponto próximo do local onde o submarino fez o último contato com a base. “É um momento duro, talvez pior que a incerteza.”

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    Bergallo também pediu para que a tragédia não fosse sequestrada pela política: “Meu filho e os outros 43 marinheiros não morreram por culpa de Kirchner, Alfonsín, cúpula naval ou não sei de outras coisas quantas”. Ele reconheceu que a embarcação não operava nas melhores condições – “tampouco nas piores”.

    Pragmático, o pai não demonstrou acreditar em milagres na mensagem. Embora não traga esperanças, há no texto um grande respeito pelo trabalho dos tripulantes. “Eles estavam fazendo o que gostavam, o que lhes dava orgulho. Nunca pediram aplausos ou que os levassem aos palcos da televisão.”

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    Possivelmente por saber das dificuldades de encontrar o submarino e resgatar os corpos, Bergallo, em tom de despedida, considera que o oceano se tornou o túmulo do filho: “Agora acredito que podem descansar em paz, a bordo de seu submarino e no mar argentino”.

    Carta de Jorge Bergallo, ex-comandante do ARA San Juan
    Carta de Jorge Bergallo, ex-comandante do ARA San Juan (Divulgação/Divulgação)

     

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