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Eduardo Bolsonaro faz coro a comemorações da direita por vitória na Itália

'Nova Primeira Ministra da Itália é Deus, pátria e família', disse o deputado, rejeitando alegações de que Meloni representa o 'fascismo de extrema direita'

Por Amanda Péchy
Atualizado em 26 set 2022, 12h41 - Publicado em 26 set 2022, 11h54
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  • Eduardo Bolsonaro, deputado e filho Zero Três do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, juntou-se a políticos de direita do mundo nesta segunda-feira, 26, para comemorar a vitória da neofascista Giorgia Meloni nas eleições gerais da Itália.

    “Nova Primeira Ministra da Itália é Deus, pátria e família”, disse no Twitter. “Ela é a 1ª mulher nesta posição na Itália. Sucesso, Giorgia Meloni.”

    O Zero Três também rejeitou as alegações de que Meloni representava “fascismo de extrema direita”. “Se ela fosse de esquerda, as manchetes diriam: “A PRIMEIRA MULHER A GOVERNAR A ITÁLIA”, tuitou. Além disso, falou, com ironia, que não via feministas, “sempre defendendo TODAS as mulheres”, parabenizando a vitória.

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    A notícia de que a coalizão liderada pelo partido de Meloni, Irmãos da Itália, está prestes a conquistar a liderança do país provocou elogios de outros partidos europeus de extrema-direita.

    + Meloni fala de evolução da direita enquanto clama vitória na Itália

    O primeiro-ministro húngaro, o ultraconservador Viktor Orbán, usou os resultados das eleições italianas para criticar as sanções da União Europeia contra a Rússia, dizendo que elas aumentaram os preços da energia. Ele disse que as sanções “foram um tiro pela culatra”, acrescentando que os eleitores irritados estavam derrubando governos na Europa como resultado.

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    A Alternative für Deutschland (AfD), sigla de extrema-direita da Alemanha, divulgou um comunicado nesta segunda-feira para parabenizar Meloni e seu partido.

    “Apesar de todas as advertências antidemocráticas da presidente da Comissão da União Europeia, [Ursula] von der Leyen, e de outros políticos, os italianos, como os Democratas Suecos antes deles, decidiram a favor de uma mudança política”, afirmou.

    O primeiro-ministro polonês de direita, Mateusz Morawiecki, também estendeu seus parabéns a Meloni em um tuíte.

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    Na França, Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional, disse no Twitter: “O povo italiano decidiu tomar seu destino nas mãos elegendo um governo patriótico e soberano. Parabéns a Giorgia Meloni e [líder da Liga] Matteo Salvini por terem resistido às ameaças de uma União Europeia antidemocrática e arrogante conquistando esta grande vitória”.

    Jordan Bardella, também do Reagrupamento Nacional, disse que os eleitores italianos deram uma lição de humildade à chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Von der Leyen havia dito anteriormente que a Europa tinha “as ferramentas” para responder se a Itália seguisse em uma “direção difícil” e antidemocrática.

    Bardella escreveu: “Os povos da Europa levantam a cabeça e tomam seu destino em suas próprias mãos”.

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    Santiago Abascal, líder do partido de extrema-direita espanhol Vox, comemorou a liderança de Meloni, tuitando que “milhões de europeus estão depositando suas esperanças na Itália”. Ele disse que a nova premiê “mostrou o caminho para uma Europa orgulhosa e livre de nações soberanas que podem cooperar em nome da segurança e prosperidade de todos”.

    O Vox estabeleceu laços estreitos com Meloni, e a política italiana viajou à Espanha em junho para mostrar seu apoio a Macarena Olona, ​​que lançou uma tentativa malsucedida de conquistar a presidência da região da Andaluzia, no sul da Espanha, pelo partido.

    Líderes mais moderados jogaram um balde de água fria nas comemorações. A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, aconselhou cautela e disse que a notícia significava que seu país estaria monitorando o cumprimento com os direitos humanos na Itália, particularmente o acesso ao aborto.

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    “Na Europa, temos certos valores e, obviamente, estaremos vigilantes”, disse Borne em entrevista à RMC Radio. “É um valor de direitos humanos e o respeito aos outros, ou seja, o direito de ter acesso ao aborto, [que] deve ser defendido por todos”, acrescentou.

    Uma advertência muito mais dura veio do importante escritor italiano Roberto Saviano, autor de “Gomorra”. Ele disse ter recebido centenas de mensagens de apoiadores de Meloni pedindo que ele deixasse o país.

    “Eles já estão elaborando uma primeira lista negra de inimigos da pátria, apesar daqueles que disseram que o fascismo é outra coisa”, afirmou.

    Saviano tem sido um crítico vocal da postura anti-imigração de Meloni e está enfrentando um julgamento por difamação por comentários que a acusam de falta de compaixão para com os refugiados que morreram tentando atravessar o Mar Mediterrâneo.

    Saviano, que vive sob guarda armada desde 2006 por causa de ameaças da máfia, escreveu no jornal britânico The Guardian no último fim de semana que “Meloni parece a figura política italiana mais perigosa não porque ela evoca explicitamente o fascismo ou as práticas dos esquadrões de camisa preta (milícia), mas por causa de sua ambiguidade”.

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