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‘Economia russa está entrando em colapso’, diz ministro alemão

Robert Habeck, responsável pela Economia alemã, afirmou que sanções ocidentais estão afetando a capacidade de combate de Moscou na guerra

Por Da Redação 2 jun 2022, 16h58

O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou nesta quinta-feira ,2, que o corte de importações do gás e petróleo russo está afetando fortemente o desempenho da Rússia na guerra contra a Ucrânia.

“A economia russa está entrando em colapso”, disse Habeck em sessão do Parlamento alemão. Durante um debate sobre o orçamento do Ministério Federal da Economia e Proteção do Clima do país, o ministro defendeu que a Alemanha está cumprindo sua parte nas sanções impostas à Rússia ao reduzir as exportações de Moscou em 60% em março, com uma queda ainda mais acentuada esperada em abril.

+ O plano da Europa para deixar de depender do petróleo e gás russos

Nos países aliados que participam das sanções, as exportações para a Rússia caíram 53% em relação aos meses anteriores, enquanto a queda entre os Estados neutros ou pró-Rússia foi de 45%, segundo o ministro.

“Putin ainda está recebendo dinheiro, mas… o tempo está correndo contra a Rússia”, disse ele.

Como resultado das sanções, Moscou perdeu o acesso a elementos cruciais para sua capacidade de combate na guerra, como atualizações de segurança para aviões. Segundo Habeck, aviões russos em breve estarão sucateados.

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A invasão da Ucrânia pela Rússia, principal fornecedor de gás da Europa, levou a União Europeia a repensar suas políticas energéticas. Antes da guerra, a Rússia fornecia 40% do gás do bloco e 27% de seu petróleo importado. Como estratégia para romper com sua dependência de combustíveis fósseis russos, o bloco lançou um plano de investimento de 210 bilhões na transição de países europeus para a energia verde até 2027.

+ União Europeia faz plano ‘massivo’ de energia verde para evitar gás russo

A Alemanha, maior economia do continente europeu, estava evitando impor embargos sobre importações da Rússia, uma vez que sua própria economia é muito dependente do gás russo.

A posição do país começou a mudar no final de março, com a pressão da União Europeia por punições mais pesadas à Rússia, devido a suspeitas de um massacre cometidos por soldados russos contra civis na cidade de Bucha, próxima à capital ucraniana,  Kiev.

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A exigência do Kremlin de que os suprimentos de energia fossem pagos em rublos, moeda russa, também foi decisiva para a Alemanha começar a se livrar da dependência em relação ao país governado por Vladimir Putin.

Na ocasião, ocorrida no mês de abril, o chanceler alemão, Olaf Scholz, se comprometeu a abandonar o carvão e o petróleo russo até o final de 2022.

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