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Dois anos dos ataques de 7 de outubro: o destino dos reféns ainda mantidos pelo Hamas

Acredita-se que apenas 20 das 48 pessoas ainda em cativeiro estejam vivas; saiba quem são

Por Paula Freitas SEGUIR SEGUINDO 7 out 2025, 17h22

People lift placards and portraits of Israelis held hostage in the Gaza Strip since 2023, during a rally in Tel Aviv marking the second anniversary of the attacks by Palestinian militants, on October 7, 2025. Negotiators from the Palestinian Hamas movement and Israel began on October 6 indirect talks in the Egyptian resort town of Sharm El-Sheikh over a US-proposed plan for ending the nearly two-year war in Gaza, Egyptian state-linked media reported. (Photo by Ahmad GHARABLI / AFP) — Manifestantes erguem cartazes e retratos de israelenses mantidos reféns na Faixa de Gaza, durante um protesto em Tel Aviv para marcar o segundo aniversário dos ataques do Hamas a Israel. 07/10/2025 - (Ahmad Gharabli/AFP)

Em 7 de outubro de 2023, cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 foram levadas reféns para Gaza após os ataques do Hamas a Israel. Hoje, dois anos desde o início da guerra, 48 pessoas ainda são mantidas em cativeiro, das quais acredita-se que apenas 20 estejam vivas. De lá para cá, Israel conduziu operações implacáveis por céu e terra, com custo humano altíssimo. Mais de 67 mil palestinos foram mortos — entre eles, 453 por fome, incluindo 150 crianças — e 169.600 ficaram feridos, mostram dados do Ministério da Saúde de Gaza.

No X, antigo Twitter, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que “dois anos se passaram desde o ataque de 7 de outubro — o massacre horrível de nossos irmãos e irmãs, moradores do Negev Ocidental e participantes da festa Nova”, acrescentando: ” Pagamos um preço muito doloroso. Bebês, crianças e idosos foram brutal e horrivelmente assassinados por terroristas do Hamas. 251 homens e mulheres foram sequestrados nos túneis de terror da Faixa de Gaza”.

“Minha esposa e eu inclinamos nossas cabeças em memória de nossos caídos e assassinados, cuja imagem ficará gravada em nossos corações para sempre. Abraçamos as famílias enlutadas com amor, desejamos plena recuperação aos feridos, física e mentalmente, e estamos agindo de todas as maneiras possíveis para trazer de volta todos os reféns, os vivos e os caídos. Nossos inimigos sanguinários nos atingiram duramente, mas não nos quebraram. Eles descobriram muito rapidamente o enorme poder do povo de Israel”, continuou ele.

Familiares e manifestantes se reuniram nos principais pontos atacados pelo Hamas, como o local do festival de música Supernova, ao sul, onde 364 pessoas foram baleadas, espancadas ou mortas. Israelenses também foram à chamada Praça dos Reféns, em Tel Aviv. Veja abaixo quais são os sequestrados ainda mantidos pelo grupo palestino radical.

Alon Ohel, 23 anos – presumidamente vivo: Sérvio, foi sequestrado no festival de música Supernova.
Amiram Cooper, 85 anos – morto: Sequestrado nos ataques de 7 de outubro, morreu em cativeiro. Foi um dos fundadores do kibutz Nir Oz e havia sido levado com sua esposa Nurit Cooper, que já foi libertada.
Ariel Cunio, 27 anos – presumidamente vivo: Também morava no kibutz Nir Oz e foi sequestrado com a namorada, Arbel Yahud. É irmão de David Cunio, também levado em cativeiro para Gaza.
Arye Zalmanovich, 86 anos – morto: Outro morador do kibutz Nir Oz. Pai de dois e avô de cinco, morreu em cativeiro.
Avinatan Or, 32 anos – presumidamente vivo: Sequestrado no Supernova junto com a namorada, Noa Argamani, que foi resgatada de Gaza em junho. O casal foi separado no momento da abdução.
Bar Kupershtein, 23 anos – presumidamente vivo: Trabalhava no Supernova quando foi sequestrado. Foi identificado pela família em um vídeo publicado pelo Hamas.
Bipin Joshi, 24 anos – presumidamente vivo: Nepalês, acredita-se que foi levado do kibutz Alumim. O estudante teve o celular rastreado em Gaza.
Capitão Daniel Perez, 22 anos – morto: Morreu enquanto lutava contra a invasão do Hamas em 7 de outubro e teve seu corpo levado para Gaza.
Capitão Omer Maxim Neutra, 21 anos – morto: Era comandante de um taque nos arredores de Gaza e foi morto nos ataques de 7 de outubro. Israelense-americano e neto de sobreviventes do Holocausto, ele foi levado para Gaza, de acordo com informações da Embaixada de Israel.
Coronel Asaf Hamami, 40 anos – morto: Também foi morto nos combates de 7 de outubro no kibutz Nirim. Casado e pai de três filhos, seu corpo foi levado para Gaza.
David Cunio, 34 anos – presumidamente vivo: Sequestrado no kibutz Nir Or ao lado da esposa, Sharon Aloni, e das filhas gêmeas, Ema e Yuly, todas libertadas na trégua de novembro de 2023. Irmão de Ariel Cunio, também levado em cativeiro.
Dror Or, 48 anos – morto: Morreu nos ataques de 7 de outubro e teve o corpo sequestrado pelos militantes.
Eitan Horn, 38 anos – presumidamente vivo: Argentino, foi sequestrado no kibutz Nir Oz. Ele é educador e atuou como emissário no Peru. Irmão de Yair Horn, libertado em fevereiro.
Eitan Levy, 53 anos – morto: Era taxista em Tel Aviv e foi morto em 7 de outubro, tendo o corpo levado para Gaza.
Eitan Mor, 24 anos – presumidamente vivo: Era segurança do Supernova e foi sequestrado
Eliyahu Margalit, 75 anos – morto: Sequestrado com vida em 7 de outubro, mas morreu em cativeiro. Era criador de gado.
Elkana Bohbot, 35 anos – presumidamente vivo: Trabalhava como gerente de logística da empresa que organizava o Supernova. É casado e tem um filho.
Evyatar David, 24 anos – presumidamente vivo: Também sequestrado no Supernova. Ele foi levado algemado para Gaza e, segundo informações israelenses, é mantido em cativeiro.
Gali e Ziv Berman, 27 anos – presumidamente vivos: Gêmeos sequestrados no kibutz Kfar Aza e levados para Gaza.
Guy Gilboa-Dalal, 23 anos – presumidamente vivo: Estava no Supernova com o irmão Gal, que conseguiu fugir. Os dois se separaram após o toque das sirenes. Um refém libertado contou que era mantido no mesmo cativeiro que Guy.
Guy Iluz, 26 anos – morto: Sequestrado no Supernova, morreu em cativeiro. Estudou filosofia e psicologia, além de ser técnico de som.
Inbar Haiman, 27 anos – morta: Era voluntária do Supernova, onde foi sequestrada. Era estudante da Universidade Internacional de Haifa.
Itay Hen, 19 anos – morto: Sargento do 75º Batalhão, foi assassinado nos ataques de 7 de outubro. Sua morte só foi confirmada pelo governo israelense em março de 2024.
Joshua Loitu Mollel, 21 anos – morto: Morto no ataque dos Hamas ao kibutz Nahal Oz. Era estudante de agronomia da Tanzânia.
Lior Rudaeff, 61 anos – morto: Era motorista de ambulância e médico voluntário. Foi ferido nos ataques de 7 de outubro após receber uma ligação da equipe de emergência do kibutz Nir Yitzhak, onde morava, para proteger o local da invasão dos radicais.
Matan Angrest, 21 anos – presumidamente vivo: Soldado israelense sequestrado em 7 de outubro.
Matan Zangauker, 25 anos – presumidamente vivo: Estava no kibutz Nir Oz quando foi sequestrado com a namorada Ilana Gritzewsky, libertada no acordo de novembro de 2023.
Maxim Herkin, 35 anos – presumidamente vivo: Sequestrado no Supernova. Havia sido convidado para o festival de última hora.
Meni Godard, 73 anos – morto: Pai de dois e avô de seis, foi morto nos ataques de 7 de outubro e teve o corpo levado. Deixa dois filhos e seis netos. Sua esposa, Ayelet, também foi assassinada.
Muhammad el-Atrash, 39 anos – morto: Sargento major das Forças Armadas de Israel, foi morto nos ataques de 7 de outubro. Deixa duas esposas, 13 filhos e 22 irmãos. Era irmão mais velho.
Nimrod Cohen, 20 anos – presumidamente vivo: Sequestrado no kibutz Nahal Oz. Foi identificado pela família em um dos vídeos gravados pelo Hamas.
Omri Miran, 47 anos – presumidamente vivo: Foi visto sendo sequestrado e colocado em um carro no kibutz Nahal Oz. Sua esposa e filhas conseguiram escapar.
Oz Daniel, 19 anos – morto: Sargento israelense, morreu durante o ataque de 7 de outubro e teve o corpo levado para Gaza.
Ran Gvili, 24 anos – morto: Assassinado no ataque do Hamas ao kibutz Alumin, onde morava. Ele foi chamado para defender o local contra os membros do Hamas. Sua morte só foi anunciada pelas forças israelenses em janeiro de 2024.
Ronen Engel, 54 anos – morto: Fotógrafo, foi sequestrado com a esposa, Karina, e as filhas, Mika e Yuval. Ele morreu em cativeiro; elas, liberadas.
Rom Braslavski, 21 anos – presumidamente vivo: Era segurança do Supernova. Tentava ajudar um ferido quando foi alvejado e sequestrado pelos combatentes do Hamas.
Sahar Baruch, 25 anos – morto: Sequestrado no kibutz Beeri, foi morto durante tentativa de resgate das forças israelenses.
Segev Kalfon, 27 anos – presumidamente vivo: Sequestrado no Supernova.
Sonthaya Oakkharasri, 30 anos – morto: Tailandês, assassinado durante o ataque do Hamas.
Sudthisak Rinthalak, 43 anos – morto: Tailandês, também foi assassinado em 7 de outubro e teve o corpo levado para Gaza.
Tal Haimi, 42 anos – morto: Casado e pai de três, foi morto no ataque do Hamas ao kibutz Nir Yitzhak.
Tamir Adar, 38 anos – morto: Pai e agricultor, foi assassinado em 7 de outubro. Seu corpo também foi levado para Gaza.
Tamir Nimrodi, 20 anos – presumidamente vivo: Soldado das Forças Armadas israelenses, foi sequestrado em sua base perto da Travessia de Erez.
Uriel Baruch, 35 anos – morto: Sequestrado no Supernova. Casado e pai de dois, morreu em cativeiro.
Yossi Sharabi, 53 anos – morto: Estava em casa quando foi levado como refém. Também morreu em cativeiro.
Yosef Chaim Ohana, 24 anos – presumidamente vivo: Sequestrado no Supernova. Ele e um amigo tentavam ajudar pessoas a fugir. Semanas após o ataque, sua família foi informada de que ele foi levado como refém para Gaza.