O sérvio Novak Djokovic, número 1 do tênis masculino e maior expoente antivacina do esporte, informou nesta terça-feira, 4, que está viajando para Melbourne para disputar o Australian Open depois de ter recebido uma “permissão de isenção”, praticamente admitindo o fato de não ter se imunizado contra a Covid-19.
“Feliz Ano Novo a todos! Desejando a vocês todos saúde, amor e felicidade em todos os momentos, que você possa se sentir amado e respeitado por todos os seres deste maravilhoso planeta. Passei um tempo de qualidade fantástico com pessoas amadas nas férias e hoje estou viajando para a Austrália com uma permissão de exceção. Vamos 2022!”, escreveu Djokovic, ao lado de uma pilha de malas no aeroporto.
Em novembro do ano passado, o diretor do Aberto da Austrália, Craig Tiley, foi taxativo ao dizer que todos os atletas participantes teriam de estar vacinados. Dias depois, porém, recuou e disse que alguns tenistas poderiam obter uma autorização especial. Na semana passada, jornais do exterior chegaram a noticiar que Djokovic teria tido sua solicitação negada.
O atleta de 34 anos, que em Melbourne pode ultrapassar Roger Federer e Rafael Nadal e obter o recorde de 21 títulos de Grand Slan, não está participando do ATP Cup de Sidney, torneio preparatório para o Australian Open, que também obriga os atletas a estarem vacinados.
Djokovic nunca admitiu se recebeu ou não a imunização contra a Covid-19, mas sempre se mostrou contrário à obrigatoriedade da vacinação. Em 2020, no auge da pandemia, ele organizou um torneio na Sérvia, sem qualquer protocolo de segurança, no qual ele e diversos tenistas acabaram contaminados.