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Diretor da OMS passa recado para Bolsonaro e diz que todos são vulneráveis

'Nenhum país está imune e nenhum indivíduo está a salvo', disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jul 2020, 13h53 - Publicado em 7 jul 2020, 13h44

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, desejou uma “rápida recuperação” ao presidente Jair Bolsonaro, que anunciou nesta terça-feira, 7, que testou positivo para o novo coronavírus. O diretor do Programa de Emergências da OMS, Michael Ryan, ainda aproveitou para lembrar que todos estão vulneráveis nesta pandemia, “não importa se você é um príncipe ou um plebeu”.

Em uma entrevista coletiva, Tedros Adhanom desejou a Bolsonaro “uma rápida recuperação e que os sintomas sejam leves”. “Nenhum país está imune e nenhum indivíduo está a salvo”, disse.

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Na mesma coletiva, Michael Ryan também comentou os resultados do teste de Bolsonaro e reforçou “a nossa vulnerabilidade coletiva” ao coronavírus. “Para o vírus, não importa se você é um príncipe ou um plebeu”, disse. Ryan afirmou ainda que a situação da Covid-19 no Brasil é “uma tarefa difícil em tempos difíceis”.

“União nacional e solidariedade global são o mais importante e sem isso não podemos vencer esse vírus e as divisões serão uma vantagem para o vírus, não somente no Brasil, mas em toda a América Latina, que não parece bem”, afirmou também Tedros Adhanom.

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Nos últimos meses, a OMS já aproveitou outras coletivas de imprensa para dar recados ao governo brasileiro sobre sua gestão da pandemia. Bolsonaro também vem sendo criticado pela comunidade internacional por não dar a devida atenção ao vírus, defender o fim do isolamento social e dispensar o uso de máscara.

Em março, Adhanom insistiu que a pandemia é “muito séria” e que “em muitos países, as UTIs estão lotadas” ao ser questionado por um jornalista sobre sua mensagem ao presidente Jair Bolsonaro.

No início de junho, o presidente ainda ameaçou deixar OMS caso órgão mantenha sua atuação “partidária”. “Ou a OMS deixa de ser uma organização política e partidária, ou nós estudamos sair de lá”, disse.

A medida segue o exemplo dos Estados Unidos, que romperam relações com a OMS no mês passado. O argumento do presidente Donald Trump foi de que o órgão internacional foi “pressionado” pela China para dar “direcionamentos errados” ao mundo sobre o coronavírus.

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