Direita espanhola deve conquistar maioria na eleição, diz pesquisa
Informações foram divulgadas nesta segunda-feira, 17, em uma das últimas pesquisas eleitorais realizadas antes da ida às urnas, prevista para 23 de julho
O Partido Popular (PP), da direita, deve conquistar a maioria dos assentos nas eleições gerais espanholas deste ano, aumentando a distância em relação ao governista Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). As informações foram divulgadas nesta segunda-feira, 17, em uma das últimas pesquisas eleitorais realizadas antes da ida às urnas, prevista para 23 de julho.
Os principais levantamentos da Espanha indicam que o PP conquistará entre 131 e 151 assentos na Câmara dos Deputados, que conta com 350 membros no total. O partido conservador conseguiria, dessa maneira, um número de parlamentares próximo à maioria absoluta da instituição, alcançada com 176 deputados.
Para que a meta seja atingida, o Partido Popular precisará unir forças com o ultradireitista Vox, conhecido por suas pautas anti-imigração, para formar uma maioria conjunta. Os institutos de pesquisa GAD3, 40db, IMOP, Sigma 2 e Simple Logica apontam que PP e Vox terão 140 e 36 assentos, respectivamente. Juntos, alcançariam a maioria absoluta do Parlamento espanhol.
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A liderança na Câmara seria capaz de garantir o cargo de primeiro-ministro espanhol a Alberto Núñez Feijóo, líder da oposição. A ação, no entanto, dependerá de quem ocupa o terceiro lugar nas províncias e quantos legisladores de partidos regionais, que tendem a apoiar Sánchez, serão eleitos. O terceiro colocado é crucial em alguns distritos eleitorais, já que o quarto tende a não eleger legisladores.
O pacto proporcionaria, inclusive, um papel central no Parlamento ao Vox. A proximidade com o grupo ultraconservador, no entanto, tem reduzido a popularidade do PP entre os eleitores. Como consequência, Feijóo não deixou claro se uma aliança pós-eleitoral seria firmada com o Vox, apesar da recente união nas eleições locais em 28 de maio.
A derrota levou o premiê espanhol Pedro Sánchez a convocar a eleição parlamentar antecipada em 29 de maio. Acredita-se que o movimento teria como objetivo forçar o Partido Popular a negociar com o controverso partido de extrema-direita, como tem sido observado nas últimas semanas, ao passo que é obrigado a fazer campanha pelo país.
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Projeções mostram que, em média, o partido do primeiro-ministro Pedro Sánchez obterá 108 lugares na Câmara. Ligando-se ao Sumar, aliança de grupos de extrema-esquerda, o governo conseguiria mais 25 a 39 assentos, ainda longe de formar a maioria absoluta, conforme indicam as pesquisas.
Cerca de 37,4 milhões de espanhóis estão registrados para votar nas urnas presenciais, enquanto ao menos 2,5 milhões estão previstos para votar pelo correio. Ao todo, serão escolhidos 350 deputados e 208 senadores. Um resultado deve ser divulgado até a meia noite do dia 23, após a apuração nas Ilhas Canárias, que terminam a votação com uma hora de atraso quando comparadas ao resto do país.