Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Descoberta de ossos em Roma revive mistério sobre garota desaparecida

Restos foram encontrados por operários em Nunciatura do Vaticano; imprensa especula que poderiam ser de menina desaparecida em 1983

Por Da Redação
Atualizado em 31 out 2018, 15h49 - Publicado em 31 out 2018, 15h41

O Vaticano anunciou na terça-feira a descoberta de “fragmentos de ossos humanos” em um local anexo à Nunciatura Apostólica da Santa Sé, em Roma.

A imprensa local especula que podem se tratar dos restos mortais de Emanuela Orlandi, a jovem filha de um funcionário do Vaticano cujo desaparecimento, há 35 anos, ainda é um dos maiores mistérios da Itália.

O Ministério Público de Roma abriu uma investigação sobre o crime de homicídio e ordenou uma análise dos restos encontrados por alguns operários, na tarde de segunda-feira, enquanto eles trabalhavam em obras na Nunciatura, segundo explicou o Vaticano em comunicado.

“O procurador-geral de Roma, Giuseppe Pignatone, pediu à polícia científica e à polícia de Roma que determinem a idade, o sexo e a data de morte”, de acordo com uma nota oficial.

A Nunciatura é uma missão diplomática de alto nível da Santa Sé, equivalente a uma embaixada. Em Roma, está localizada a aproximadamente 5 quilômetros do Vaticano.

Continua após a publicidade

Apesar de as autoridades não terem dado mais detalhes sobre a ocorrência, os meios de comunicação italianos imediatamente ventilaram a possibilidade de os restos pertencerem a Emanuela, a menina de 15 anos que desapareceu em 22 de junho de 1983, quando se dirigia à escola de música de Santo Apolinário, no centro de Roma. Seu paradeiro é desconhecido desde então.

“Será importante estabelecer o sexo, a idade e o período no qual foram enterrados esses restos antes de se chegar a qualquer conclusão”, explicou o porta-voz do Vaticano, Greg Burke.

Diante das notícias, a família de Emanuela Orlandi afirmou, por meio de sua advogada, Laura Sgro, que solicitaria informações ao Ministério Público e à Santa Sé sobre como os ossos foram encontrados e por que poderiam estar relacionados com o caso.

Continua após a publicidade

Alguns veículos de imprensa também levantaram a hipótese de que os restos mortais poderiam pertencer a duas pessoas, já que foram encontrados em dois lugares diferentes do porão na Nunciatura.

Isso também levou os jornais a sugerirem que os ossos poderiam pertencer a Mirella Gregori, outra jovem desaparecida naquele mesmo ano e da qual nunca houve notícias.

O caso de Emanuela tem muitos componentes de mistério, já que em torno de sua morte foram especuladas diferentes teorias. Chegou-se a afirmar que o assassinato seria obra de mafiosos, da Igreja e inclusive do turco Ali Agca que, em 1981, tentou assassinar o papa João Paulo II.

Continua após a publicidade

Na época, Agca chegou a dizer que o desaparecimento das duas adolescentes estava vinculado a uma exigência para que ele fosse libertado e assinalou que as duas estavam vivas. A hipótese, contudo, nunca foi comprovada, já que o terrorista mudou de versão em muitas ocasiões.

Esta não é a primeira vez em que são encontrados em Roma ossos que trouxeram novamente à tona os fatos em torno do desaparecimento de Emanuela.

Em 2012, foram encontradas ossadas sem identificação ao lado do túmulo de Enrico De Pedis, chefe da “Banda della Magliana”, a máfia de Roma durante os anos 1970 e 1980, na basílica de Santo Apolinário.

Continua após a publicidade

A pista de que alguém tinha encomendado à máfia romana o sequestro de Emanuela foi uma das hipóteses avaliadas durante a investigação. Sobretudo depois que a namorada de De Pedis, Sabrina Minardi, disse ao Ministério Público de Roma que ficou encarregada de colocar a jovem em seu automóvel e levá-la até o local onde seu companheiro tinha indicado.

Minardi explicou que a menina foi sequestrada por indicação do arcebispo americano Paul Marcinkus, então diretor do Instituto para as Obras Religiosas (IOR, mais conhecido como o Banco do Vaticano) “para dar um aviso a alguém”.

Após essas revelações, também foi investigado o ex-reitor da basílica de Santo Apolinário, Piero Vergari, que autorizou o sepultamento de De Pedis neste templo e que também trabalhou durante um período na Nunciatura do Vaticano em Roma.

(Com EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.