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Na Sicília, papa Francisco diz que ‘mafiosos não vivem como cristãos’

Francisco foi a Palermo para oficiar uma missa de morte do padre Pino Puglisi, sacerdote italiano considerado o primeiro mártir da máfia

Por EFE Atualizado em 30 jul 2020, 20h09 - Publicado em 15 set 2018, 15h06

Em missa realizada em Palermo, na região da Sicília, no sul da Itália, o papa Francisco pregou contra a máfia e ressaltou que aqueles que a integram não vivem como cristãos, além de pedir que transformem sua postura.

Francisco esteve no local para oficiar uma missa por ocasião do 25° aniversário de morte do padre Pino Puglisi, sacerdote italiano considerado o primeiro mártir da máfia. Ele foi beatificado 20 anos após ser assassinado, em 15 de setembro de 1993, e hoje é um símbolo da luta contra o crime organizado na Itália.

“Não se pode acreditar em Deus e ser mafioso, quem é mafioso não vive como cristão, porque blasfema com a vida o nome de Deus”, afirmou Francisco na homilia, diante de dezenas de milhares de fiéis que se aglomeraram no grande gramado do Foro Itálico.

“Portanto, digo aos mafiosos: mudem, parem de pensar só em vocês mesmos e em seu dinheiro, transformem-se para o verdadeiro Deus, de Jesus Cristo. De outro modo, a própria vida de vocês estará perdida, e será a pior das derrotas”, acrescentou.

O pontífice lembrou que o padre Pino Puglisi morreu no dia em que completou 56 anos e que “coroou sua vitória com um sorriso”, em alusão ao fato de que o sacerdote, muito conhecido por tentar tirar jovens do crime organizado, sorriu para seu assassino quando o viu chegar e lhe disse que “o esperava”.

“Aquele sorriso não deixa seu assassino dormir à noite, que diz: ‘havia uma espécie de luz naquele sorriso”, afirmou. “O padre Pino sabia que se arriscava, mas sabia, sobretudo, que o verdadeiro perigo na vida é não arriscar e viver confortavelmente”, ressaltou Francisco, que pediu aos fiéis para esquecerem o egoísmo seguindo o exemplo do sacerdote.

O papa destacou ainda que as pessoas não devem se deixar levar pelo ódio ou o rancor. “Precisamos de homens de amor, não homens de honra. De serviço, não de opressão. Se a litania mafiosa é ‘você não sabe quem eu sou’, a cristã é ‘tenho necessidade de Ti’, e se a ameaça mafiosa é ‘você me pagará’, a prece cristã é ‘Senhor, ajuda-me a amar”, disse Francisco.

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