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Desastre de Biden em debate aumenta pedidos por sua desistência da eleição

Partido Democrata 'entrou em pânico' após noite em que presidente não conseguiu formar frases e tropeçou em palavras ao enfrentar Donald Trump

Por Da Redação
Atualizado em 28 jun 2024, 18h25 - Publicado em 28 jun 2024, 08h17

Estrategistas, autoridades e ex-membros do Partido Democrata reagiram com pânico e consternação nesta sexta-feira, 28, ao debate entre o ex-presidente americano Donald Trump e o atual líder dos Estados Unidos, Joe Biden, em razão do seu desempenho desastroso. O evento da noite de quinta-feira, que deu a largada nos debates da corrida presidencial deste ano, voltou a concentrar as atenções do eleitorado na idade avançada e capacidade de raciocínio de Biden.

Maria Shriver, a ex-primeira-dama da Califórnia, disse que ama Biden e sabe que ele é um bom homem, mas afirmou que a noite foi “de partir o coração em muitos aspectos”.

“Este é um grande momento político. Há pânico no Partido Democrata”, declarou.

+ Biden será substituído? Trump já está eleito? As dúvidas pós-debate

A ex-senadora do Missouri Claire McCaskill deu uma entrevista à emissora americana MSNBC dizendo que o presidente americano tinha apenas um trabalho, que não conseguiu cumprir. Ele precisava “tranquilizar os Estados Unidos de que estava à altura do cargo na sua idade, e falhou”.

“Eu sei como foi esta noite: foi como um soco no estômago”, disse McCaskill, acrescentando que os democratas estão se perguntando por que os substitutos de Biden, que conseguem ter um bom desempenho em debates, não estão no topo da lista de candidatos presidenciais.

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Nicholas Kristof, colunista político de esquerda, disse nas redes sociais que espera que Biden reflita sobre o debate e decida desistir da disputa, deixando a Convenção Nacional Democrata decidir quem deve ser o indicado. Ele sugeriu alguém como a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, o senador de Ohio, Sherrod Brown, ou a secretária de Comércio, Gina Raimondo.

+ O plano de Trump para encerrar guerra na Ucrânia, caso volte à Casa Branca

Em entrevista à MSNBC, David Plouffe, estrategista democrata e ex-funcionário da campanha de Barack Obama, chamou o debate de “uma espécie de momento Defcon 1” (estado de segurança nacional dos Estados Unidos que significa “alerta total”, porque “uma guerra nuclear é iminente ou já começou”).

“O mais importante nesta eleição são as preocupações dos eleitores – tanto os eleitores indecisos como os eleitores da base – com a sua idade. Essas preocupações agravaram-se esta noite”, disse Plouffe.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, apareceu nas emissoras americanas CNN e MSNBC depois do debate para reiterar os motivos pelos quais os eleitores deveriam ficar do lado de Biden, mas até ela reconheceu o fraco desempenho.

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“Foi um começo lento, não há dúvida disso. Mas achei que foi um final forte”, disse Harris.

Tiro pela culatra

Desde o começo do evento, Biden vacilou no debate. Sua voz era difícil de escutar, ora por murmúrios, ora por falas abafadas, algumas das quais – se fossem pronunciadas com a força pretendida – poderiam ter tido mais sucesso. Ele disse que Trump tem “a moral de um gato de rua”, mas mesmo essa frase foi difícil de discernir.

Biden desafiou o ex-presidente para um debate, marcado para uma data mais cedo que o normal, para mudar o ritmo da corrida. Ele proferiu um discurso forte no evento anual Estado da União, no qual conseguiu transmitir uma imagem perspicaz e enérgica, e sua campanha calculou que um debate poderia aumentar seus índices de aprovação numa altura em que ele está atrás de Trump nas pesquisas de opinião.

Ao invés de uma vitória, ou mesmo de uma indefinição sobre quem venceu o debate, ficou claro que o Partido Democrata agora vê o desempenho do presidente como um risco eleitoral.

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