Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Depois de repercussão, Spotify exclui playlist ‘Radio Hitler’

Apesar das advertências de grupos de vigilância, serviços de streaming continuam oferecendo conteúdo chamado de 'música de ódio'

Por Da Redação Atualizado em 3 mar 2023, 13h42 - Publicado em 3 mar 2023, 13h40

Até semana passada, qualquer usuário do Spotify podia acessar uma playlist intitulada “Musikkorps Der Leibstandarte — SS Adolf Hitler Radio”, nomeada em homenagem ao corpo de guarda-costas pessoal do líder nazista, de acordo com uma análise feita pela revista americana Rolling Stone. O próprio serviço de streaming gerava a lista de faixas da playlist com base no algoritmo de cada usuário, chegando a tocar a música Luftwaffenmusikkorps 3, uma saudação à força aérea nazista.

Vários conteúdos que defendem ideologias neofascistas foram excluídos do aplicativo depois de uma investigação da Rolling Stone. Entre as mídias, estava um podcast chamado RaHoWa (abreviação de “Racial Holy War”, ou Guerra Racial Sagrada).

As regras da plataforma Spotify proíbem “conteúdo que incite violência ou ódio contra uma pessoa ou grupo de pessoas com base em raça, religião, identidade ou expressão de gênero, sexo, etnia, nacionalidade, orientação sexual, status de veterano, idade, deficiência ou outras características associadas a discriminação ou marginalização”. Apesar disso, várias “músicas de ódio” continuam na plataforma e seu algoritmo era capaz de não só abrigar, mas também gerar, uma playlist nazista.

De acordo com análise da revista americana, o conteúdo não está restrito ao Spotify e também pode ser encontrado nos catálogos do Apple Music, Tidal e Amazon Music. Todos os serviços contem estilos como “NSBM” (black metal nacional-socialista), “fashwave” (uma forma orgulhosamente fascista de música eletrônica), punk hardcore nazista, RAC (“Rock Against Communism,” uma forma de punk de direita) e música nazista dos anos 1930 e 1940.

Continua após a publicidade

“A música de ódio também tem sido uma maneira de milhões de dólares fluirem para o movimento global de supremacia branca e movimentos relacionados e cenas musicais”, disse Aaron Flanagan, vice-diretor de prevenção e parcerias do Projeto de Inteligência do Southern Poverty Law Center (SPLC). “É imperativo que essas plataformas sejam responsáveis por fazer cumprir seus termos e condições e remover essa propaganda odiosa”.

Enquanto esperam ações mais rígidas das empresas, especialistas fazem um alerta: “Quando as empresas fornecem uma plataforma para – e lucram com – conteúdo prejudicial, elas assumem a responsabilidade de promover a violência alimentada pelo ódio”, comentou Megan Squire, vice-diretora de análise de dados e inteligência de código aberto do SPLC.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.