A delegação presidencial dos Estados Unidos, que inclui a filha e assessora do presidente Ivanka Trump e seu marido e também assessor presidencial Jared Kushner, chegou neste domingo a Israel para participar amanhã da inauguração da embaixada americana em Jerusalém.
O embaixador dos Estados Unidos no país, David Friedman, que defende a mudança de Tel Aviv para a Cidade Sagrada ao assegurar que tal decisão “ajudará a promover a paz”, recebeu a delegação, liderada pelo subsecretário de Estado John Sullivan, que também inclui o secretário do Tesouro Steve Mnuchin, no aeroporto Ben-Gurion, pouco depois do meio-dia local (6h em Brasília).
A cerimônia está prevista para amanhã às 16h (10h em Brasília) no local que até agora funcionava como Seção de Vistos do Consulado Geral dos EUA, no bairro de Arnona, em Jerusalém Ocidental, e que se transformará na nova sede da representação diplomática americana.
Os Estados Unidos serão o primeiro país a estabelecer sua embaixada em Jerusalém desde 2006, depois que países da América Central retiraram suas representações em resposta às solicitação da comunidade internacional, movimento que passou a ocorrer depois que Israel anexou em seus estatutos internos em 1980 a parte oriental da cidade, que até 1967 era parte da Jordânia — ao anexar a cidade, os israelenses nomearam toda a cidade como sua “capital eterna e indivisível”.
“Esta semana seremos abençoados com um evento verdadeiramente histórico, que é a decisão da maior potência do mundo, nosso amigo Estados Unidos, de mudar sua embaixada para cá (Jerusalém)”, declarou hoje o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na reunião de seu gabinete de governo.
Na quarta-feira (9), a Guatemala também transferirá sua embaixada para Jerusalém, em outra cerimônia que contará com a presença de seu presidente, Jimmy Morales. Já o Paraguai fará o mesmo antes do fim do mês, num evento que também contará com a presença de seu chefe de Estado, Horacio Cartes.
Bandeiras israelenses e americanas estão hasteadas há dias nas avenidas de Jerusalém e os perfis da embaixada nas redes sociais já mudaram sua descrição de Tel Aviv para a Cidade Sagrada.
Palestinos e grupos de israelenses pacifistas convocaram protestos para amanhã em Jerusalém, e a Grande Marcha do Retorno de Gaza, que vem acontecendo desde 30 de março na fronteira com Israel, prevê uma grande manifestação para denunciar a mudança da embaixada americana.
(Com EFE)