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De olho na eleição, Biden prepara medida abrangente para conter imigração

Ordem executiva permitirá deportações rápidas se atingido limite diário de entradas pela fronteira EUA-México; tema é usado por Trump para atacar Biden

Por Da Redação
4 jun 2024, 09h31

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja emitir uma nova ordem executiva sobre imigração nesta terça-feira, 4, uma medida abrangente cujo objetivo é reduzir as chegadas de estrangeiros ao país pela fronteira sul com o México. A questão dos imigrantes é um dos principais pontos de ataque do Partido Republicano contra os democratas de Biden, e o chefe da Casa Branca tem se tornado cada vez mais restritivo em relação ao tema ao longo de seu mandato – e ainda mais em ano de eleição, na qual deve reencontrar o rival Donald Trump.

A emissora americana CBS e a agência de notícias Reuters informaram que, segundo fontes próximas ao presidente, a ordem executiva vai impor um limite máximo ao número de chegadas de imigrantes a serem processadas por dia pelas autoridades americanas na fronteira. Com isso, os Estados Unidos serão capazes de deportar rapidamente todos os estrangeiros excedentes ao limite, sem processar seus pedidos de asilo.

Hoje, cerca de 1.500 solicitações de asilo ligadas a entradas oficiais são processadas por dia. A ordem executiva provavelmente será contestada em tribunal, quer por defensores da imigração, quer por estados liderados pelos republicanos – apesar de serem favoráveis à contenção da imigração, podem tentar bloquear a medida para prejudicar Biden.

Tema delicado

Durante o governo Biden (2021 até agora), mais de 6,4 milhões de imigrantes foram detidos fronteira dos Estados Unidos com o México tentando entrar ilegalmente no país – um recorde que o deixou vulnerável politicamente durante sua campanha à reeleição. Com o acúmulo de medidas restritivas por parte de sua administração, o número de chegadas diminuiu neste ano, uma tendência que analistas, porém, dizem não ser sustentável.

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Cerca de 179 mil “encontros” com imigrantes foram registados em abril. Em dezembro, para comparação, o número disparou para 302 mil – um recorde histórico.

Este deve ser um tema importante para as eleições presidenciais deste ano. Uma sondagem do Gallup no final de abril concluiu que 27% dos americanos veem a imigração como a questão mais importante que o país enfrenta, superando a economia e a inflação. Já uma pesquisa realizada em março pela Associated Press e pelo NORC Center for Public Affairs Research descobriu que dois terços dos americanos desaprovam a forma como Biden lida com a fronteira, incluindo cerca de 40% dos eleitores democratas.

A questão é tão importante para as eleições que, segundo a mídia americana, Biden está considerando a utilização de uma lei de 1952, conhecida como 212(f), que permite ao presidente dos Estados Unidos “suspender a entrada” de estrangeiros se a sua chegada for “prejudicial aos interesses” do país. O mesmo regulamento foi utilizado pelo governo Trump para restringir a entrada (inclusive para fins turísticos) de muçulmanos no país, bem como para impedir que imigrantes detidos tentando entrar ilegalmente nos Estados Unidos solicitassem refúgio.

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Lei bipartidária pelo ralo

Em comunicado, um porta-voz da Casa Branca observou que um acordo bipartidário de segurança na fronteira falhou no início deste ano como resultado da oposição dos republicanos no Congresso.

“Embora os republicanos do Congresso tenham optado por impedir uma fiscalização adicional das fronteiras, o presidente Biden não deixará de lutar para fornecer os recursos que o pessoal da fronteira e da imigração precisa para proteger a nossa fronteira”, disse o porta-voz.

“Como dissemos antes, a administração continua a explorar uma série de opções políticas e continuamos empenhados em tomar medidas para resolver o nosso sistema de imigração falido”, acrescentou o porta-voz.

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Os republicanos criticaram o plano de Biden como um estratagema para o ano eleitoral. Argumentaram ainda que já existem leis nos Estados Unidos para impedir a imigração ilegal, mas que elas não eram devidamente aplicadas pelo presidente democrata.

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