Czar do petróleo morre em Moscou após ‘cair da janela de hospital’
Ravil Maganov, um crítico da invasão à Ucrânia, era presidente da maior empresa privada de petróleo da Rússia, Lukoil
Ravil Maganov, presidente do conselho de administração da Lukoil, a maior petrolífera privada da Rússia, morreu depois de cair da janela de um hospital de Moscou, disse a mídia estatal russa Interfax nesta quinta-feira, 1. Sua morte ocorre apenas alguns meses depois de sua empresa criticar a invasão russa da Ucrânia.
O alto executivo “caiu de uma janela no hospital clínico Central”, segundo a Interfax, citando uma fonte. “Ele morreu dos ferimentos sofridos [na queda].”
A petrolífera Lukoil disse que Maganov “faleceu após uma doença grave”. A empresa não especificou pelo que Maganov estava sendo tratado.
Não ficou imediatamente claro se sua morte foi um acidente, um suicídio ou pode estar ligada a um crime. As agências de notícias russas, citando uma fonte anônima, relataram que Maganov havia sido internado no hospital com problemas cardíacos e estava tomando antidepressivos.
O Baza, um site de notícias russo com laços estreitos com a polícia, sugeriu que ele pode ter escorregado de uma varanda enquanto fumava.
Meia dúzia de empresários ligados à indústria de energia russa morreram em aparentes suicídios ou em circunstâncias misteriosas desde o início da guerra na Ucrânia. Nenhuma das mortes foi classificada como homicídio.
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A morte de Maganov atraiu escrutínio porque a Lukoil foi uma das únicas empresas russas a criticar a invasão da Ucrânia, pedindo publicamente um cessar-fogo uma semana depois que o presidente Vladimir Putin anunciou o início de sua “operação militar especial”.
“Apelando ao fim mais rápido do conflito armado, expressamos nossa sincera empatia por todas as vítimas afetadas por esta tragédia”, disse o conselho de administração da Lukoil. “Apoiamos fortemente um cessar-fogo duradouro e uma solução de problemas por meio de negociações sérias e diplomacia.”
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Maganov era um membro proeminente da elite empresarial russa. Ele era um associado próximo de um dos fundadores da Lukoil, Vagit Alekperov, um ex-ministro do petróleo soviético que renunciou ao cargo de CEO logo após o Reino Unido e a União Europeia imporem sanções contra ele.
Maganov trabalhava na Lukoil desde 1993 e supervisionou as divisões de refino e exploração antes de ser nomeado presidente do conselho de administração em 2020.