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Custo do crime na América Latina equivale a 80% de gastos regionais com educação

Relatório do BID mostra que combate a delitos também supera em 12 vezes o investimento em pesquisa e desenvolvimento, sugando cofres públicos

Por Redação 11 nov 2024, 12h42

Um relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostrou nesta segunda-feira, 11, que os custos do combate ao crime na América Latina e no Caribe (ALC) representam quase 80% dos orçamentos públicos da região para educação. O valor também representa o dobro dos investimentos em assistência social e 12 vezes o que é direcionado para pesquisa e desenvolvimento. Ao todo, os gastos com a violência equivalem a 3,5% do PIB dos 22 países.

“Nosso estudo mostra que o crime é um fardo significativo para nossas sociedades e desenvolvimento econômico. Ele limita o crescimento, impulsiona a desigualdade e desvia o investimento privado e público. Devemos unir e redobrar esforços para mudar essa realidade”, disse o presidente do BID, Ilan Goldfajn.

Em 2022, a América Latina e o Caribe registraram 20 homicídios para cada 100 mil habitantes, o triplo da média mundial. Como consequência, a sensação de insegurança também aumentou. Entre 2012 e 2021, a probabilidade de uma pessoa temer ser vítima de um crime disparou de 8% para 18%. Nesse contexto, apenas 51% dos moradores da região confiam na polícia, abaixo dos parâmetros da Europa, de acordo com o BID.

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Diferença de países europeus

O estudo, que utiliza dados de 2022, incluiu nos cálculos de custos a perda de capital humano como tempo produtivo, gastos com mitigação do crime por empresas e gastos públicos com prevenção ao crime e justiça criminal. Segundo o BID, as despesas de empresas com o setor segurança compuseram 47% do custo total do crime, contra 31% dos gastos dos governos na prevenção da violência.

Do outro lado do Atlântico, Polônia, Irlanda, República Checa, Portugal, Holanda e Suécia gastam, juntos, 42% a menos do que os países latino-americanos. A pesquisa do BID apontou que a América Latina poderia direcionar cerca de 1% do PIB para programas de bem-estar social caso seguisse os passos dos europeus. Goldfajn destacou ainda que há caminhos para implementar uma “mudança duradoura” na região.

“As evidências mostram que prevenção direcionada e sistemas eficazes de segurança e justiça são essenciais para uma mudança duradoura. A experiência prática do BID trabalhando ao lado de diversos países mostra que podemos mitigar o impacto do crime. Estamos ampliando nosso impacto nessa área, estabelecendo uma Aliança Regional para Segurança, Justiça e Desenvolvimento”, acrescentou.

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