O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel chamaram de “golpe de Estado” o processo que culminou com a renúncia de Evo Morales à presidência da Bolívia neste domingo, em meio a grandes protestos contra o governo, e manifestou apoio ao aliado.
“Condenamos categoricamente o golpe de Estado consumado contra o irmão presidente Evo Morales”, disse Maduro no Twitter. Ele acrescentou ainda que os “movimentos sociais e políticos do mundo” se declaram “em mobilização para exigir a preservação da vida dos povos nativos bolivianos vítimas do racismo”.
Condenamos categóricamente el golpe de Estado consumado contra el hermano presidente @evoespueblo. Los movimientos sociales y políticos del mundo nos declaramos en movilización para exigir la preservación de la vida de los pueblos originarios bolivianos víctimas del racismo. pic.twitter.com/c6JGrNBFGo
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) November 10, 2019
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Na mesma rede social, Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba, condenou o que chamou de “golpe de estado” na Bolívia e manifestou solidariedade a Evo Morales. No Twitter, Díaz-Canel afirmou que “a direita, com violento e covarde golpe de estado, atenta contra a democracia na #Bolivia. Nossa enérgica condenação ao golpe de estado e nossa solidaridade ao irmão Pdte @evoespueblo. O mundo deve se mobilizar pela vida e a liberdade de Evo”, escreveu o chefe do governo cubano, além de colocar as hashtags #EvoNoEstasSolo e #SomosCuba.
La derecha con violento y cobarde golpe de estado atenta contra la democracia en #Bolivia. Nuestra enérgica condena al golpe de estado y nuestra solidaridad con el hermano Pdte @evoespueblo. El mundo se debe movilizar por la vida y la libertad de Evo. #EvoNoEstasSolo #SomosCuba pic.twitter.com/dPvZ8zQqJA
— Miguel Díaz-Canel Bermúdez (@DiazCanelB) November 10, 2019
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Poucas horas antes do anúncio da renúncia de Evo Morales, o presidente cubano havia denunciado uma “estratégia golpista opositora” que promovia “violência que custou mortes, centenas de feridos e expressões condenáveis de racismo em relação aos povos nativos”.
O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, também foi ao Twitter para manifestar apoio a Evo e se pronunciar na mesma linha de Díaz-Canel.
Morales renunciou em meio aos violentos protestos que vêm ocorrendo desde o dia seguinte às eleições de 20 de outubro na Bolívia. O motivo da combustão nas ruas é a denúncia de que houve fraude na apuração dos votos daquele pleito, no qual ele venceu em primeiro turno e conseguiu o quarto mandato consecutivo.
O anúncio da renúncia foi feito por Morales em mensagem de vídeo, na qual disse que lamentava sofrer um “golpe cívico” e os motins que policiais realizaram em quartéis nos últimos dias.