Cuba cancela marcha contra homofobia
Parada gay cubana aconteceria durante jornada de conscientização anual; governo culpou instabilidade regional e internacional por mudança

O governo de Cuba cancelou a 12ª edição de uma importante marcha contra a homofobia realizada anualmente no país. A chamada Conga Contra a Homofobia estava marcada para este mês, em uma data ainda não revelada. Em um post no Facebook, o Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex), controlado pelo governo, afirmou que o cancelamento foi ordenado pelo Ministério da Saúde.
No comunicado, o órgão atribuiu a mudança a “novas tensões no contexto internacional e regional que afetam direta e indiretamente nosso país e têm impactos tangíveis e intangíveis no desenvolvimento normal de nosso cotidiano e na implementação das políticas do Estado cubano”. A Conga é uma versão local das Paradas Gays realizadas em inúmeros países.
O Cenesex é dirigido atualmente por Mariela Castro, filha do líder do Partido Comunista e ex-presidente Raúl Castro.
Apesar do cancelamento da Conga Contra a Homofobia, outras marchas e movimentos em favor da comunidade LGBT já marcados para acontecer no país durante a Jornada contra a Homofobia e a Transfobia foram mantidos.
Todos os anos, os cubanos organizam protestos e eventos relacionados ao tema e em busca de conscientização, entre os dias 7 e 18 de maio.
Militantes da causa condenaram o cancelamento e questionaram os motivos do governo para tomar tal decisão. O ativista Norge Espinosa Mendoza afirmou que a medida é “um novo passo para trás”.
“Os inimigos de uma Cuba mais diversificada e progressista serão mais felizes agora”, escreveu Espinosa no Facebook. “Não permitir [a marcha] é um sinal de que não somos bem-vindos.”
Cuba havia programado incluir no texto de sua nova Constituição uma cláusula que legalizava o casamento gay. Após protestos, contudo, o governo removeu o artigo do texto final.
O presidente Miguel Díaz-Canel havia apoiado publicamente a mudança na legislação anteriormente, dizendo que era “parte da eliminação de qualquer tipo de discriminação na sociedade”. Seu governo, contudo, cedeu à pressão de grupos religiosos.
Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se já é assinante, entre aqui. Assine para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.
Essa é uma matéria fechada para assinantes e não identificamos permissão de acesso na sua conta. Para tentar entrar com outro usuário, clique aqui ou adquira uma assinatura na oferta abaixo
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique. Assine VEJA.
Impressa + Digital
Plano completo da VEJA! Acesso ilimitado aos conteúdos exclusivos em todos formatos: revista impressa, site com notícias 24h e revista digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Receba semanalmente VEJA impressa mais Acesso imediato às edições digitais no App.
Digital
Plano ilimitado para você que gosta de acompanhar diariamente os conteúdos exclusivos de VEJA no site, com notícias 24h e ter acesso a edição digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Edições da Veja liberadas no App de maneira imediata.