Corpos de vítimas de naufrágio revelam desespero por fuga
Muitos estavam com os dedos quebrados, o que indicaria a tentativa de escapar
Por Da Redação
23 abr 2014, 15h54
Veja.com (Veja.com/VEJA.com)
Continua após publicidade
1/39 Parentes choram em frente ao memorial de vítimas do naufrágio do Sewol, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
2/39 Centenas de pessoas deixaram bilhetes e homenagens no memorial das vítimas do naufrágio do navio Sewol, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
3/39 Bandeira exposta em memorial homenageia as vítimas do naufrágio da embarcação Sewol no último dia 16, na Coréia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
4/39 Barcos da Guarda Costeira e equipes de busca realizam operações de resgate na região do náufrago da embarcação Sewol, na Coréia do Sul (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
5/39 Na Coréia do Sul, parentes das vítimas do naufrágio do navio Sewol se abraçam. O acidente deixou mais de 170 mortos (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
6/39 Mergulhadores realizam operações de resgate na área onde o navio Sewol naufragou na região de Jindo, Coréia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
7/39 Mulher atende uma vigília à luz de velas em Ansan, para homenagear as vítimas da balsa de passageiros que naufragou na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
8/39 Um parente de uma vítima da balsa que naufragou na Coréia do Sul reza junto ao mar no porto de Jindo (Nicolas Asfouri/AFP/VEJA)
9/39 Mulher chora enquanto reza durante uma vigília à luz de velas em Ansan, para homenagear as vítimas da balsa de passageiros que naufragou na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
10/39 Equipes de resgate operam na região onde uma balsa de passageiros naufragou em Jindo, na Coreia do Sul (Issei Kato/Reuters/VEJA)
11/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo (Yonhap/AP/VEJA)
12/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo (Yonhap/AP/VEJA)
13/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Yonhap/AP/VEJA)
14/39 Mar é contaminado com derramamento de óleo no local do naufrágio da balsa Sewol, a 20 km da costa da Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
15/39 Os familiares dos passageiros desaparecidos do barco sul-coreano "Sewol", que afundou no mar, aguardam em uma academia em Jindo (Lee Jin-man/AP/VEJA)
16/39 Familiares dos passageiros desaparecidos da balsa sul-coreana Sewol rezam em Jindo, na Coreia do Sul (Park Dong-ju/Yonhap/Reuters/VEJA)
17/39 Equipes de resgate instalam boias marcando o local onde a balsa Sewol naufragou, na costa de Jindo, sul da Coreia do Sul (Yonhap/AP/VEJA)
18/39 Os familiares dos passageiros desaparecidos do barco sul-coreano "Sewol", que afundou no mar, aguardam em uma academia em Jindo (Ahn Young-joon/AP/VEJA)
19/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Park Jung-ho/Reuters/VEJA)
20/39 Monge budista reza pelos passageiros desaparecidos que estavam na balsa sul-coreana Sewol (Issei Kato/Reuters/VEJA)
21/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Jeon Heon-Kyun/EFE/VEJA)
22/39 Familiares dos passageiros desaparecidos da balsa sul-coreana Sewol rezam em Jindo, na Coreia do Sul (Park Jung-ho/Reuters/VEJA)
23/39 Estudantes Danwon High School seguram cartazes com mensagens para seus amigos que estão desaparecidos, após o desastre da balsa que naufragou com 475 passageiros em Jindo, na Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
24/39 Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana "Sewol", que afundou no litoral do país, é apresentado na delegacia da cidade de Mokpo, nesta quinta-feira (17) (Yonhap/Reuters/VEJA)
25/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
26/39 Familiares de passageiros aguardam notícias após naufrágio de uma balsa com 475 na Coreia do Sul, nesta quarta-feira (16) (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
27/39 Familiares de passageiros aguardam notícias após naufrágio de uma balsa com 475 na Coreia do Sul, nesta quarta-feira (16) (Jung Yeon-JE/AFP/VEJA)
28/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (West Regional Headquarters Korea Coast Guard/News1/Reuters/VEJA)
29/39 Familiares aguardam informações dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Jung Yeon-Je/AFP/VEJA)
30/39 Familiares aguardam informações dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (Ahn Young-joon/AP/VEJA)
31/39 Menina é resgatada do navio Sewol que transportava cerca de 470 pessoas e naufragou na Coreia do Sul (Hyung Min-woo/Yonhap/Reuters/VEJA)
32/39 Mãe de um dos passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul se emociona ao encontrar o nome do filho na lista de sobreviventes (Kim Hong-Ji/Reuters/VEJA)
33/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Dong-A-Ilbo/AFP/VEJA)
34/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Korea Coast Guard/Yonhap/Reuters/VEJA)
35/39 Navio que transportava cerca de 470 pessoas naufraga na Coreia do Sul (Korea Coast Guard/Yonhap/Reuters/VEJA)
36/39 Equipes de resgate buscam passageiros do navio que naufragou próximo a Jindo, na Coreia do Sul (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
37/39 Barco de resgate se aproxima de navio que naufragou (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
38/39 Horas após início do naufrágio, embarcação estava quase completamente submersa (South Korea Coast Guard/AFP/VEJA)
39/39 Navio de passageiros afunda na costa da Coreia do Sul (Yonhap/Reuters/VEJA)
Os mergulhadores que trabalham nas buscas pelos desaparecidos no naufrágio ocorrido na última quarta-feira na Coreia do Sul disseram que o estado de alguns corpos dão mostras do pânico que se instaurou dentro da balsa. A maior parte dos corpos foi encontrada com os dedos quebrados, o que indicaria uma tentativa desesperada de subir no teto e nas paredes da embarcação para fugir da água. “Somos treinados para ambientes hostis, mas é difícil ser corajoso quando encontramos corpos na água escura”, disse Hwang Dae-sik, um dos mergulhadores que está no local. Até agora, as equipes retiraram 159 corpos da água.
Para retirar as vítimas do barco, os mergulhadores precisam lidar com a completa escuridão, a congelante temperatura da água e as limitações dos equipamentos. O sistema de oxigênio não permite que as equipes fiquem mais de uma hora dentro da embarcação naufragada, enquanto as linhas de comunicação apresentam falhas que impedem o diálogo com as torres de controle. “Temos de tocar tudo com as mãos”, acrescentou Hwang. “Este é o trabalho mais extenuante e dramático da minha carreira.”
Mesmo com o iminente naufrágio, a tripulação ordenou que os passageiros permanecessem dentro da embarcação para a “sua própria segurança”. O capitão da balsa, Lee Joon-seok, de 69 anos, foi preso pelas autoridades coreanas. Outros quatro membros da tripulação também foram levados sob custódia nesta quarta-feira, o que elevou o número de detidos por envolvimento na tragédia a onze.
Continua após a publicidade
Dos 476 passageiros que estavam na balsa, 339 eram crianças e professores que faziam um passeio escolar. Apenas 174 pessoas foram resgatadas com vida. A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, comparou a conduta do capitão e sua tripulação a um assassinato, enquanto Lee defendeu a decisão justificando que estava preocupado com as fortes correntes marítimas e a baixa temperatura da água no local. Muitos dos que sobreviveram estavam no deck superior quando pularam em botes salva-vidas, mas as crianças permaneceram em suas cabines sem questionar a ordem dos adultos, um costume milenar da sociedade sul-coreana.
Promotores que apuram o desastre fizeram buscas na casa de Yoo Byung-un, o chefe da família dona da empresa responsável pela balsa. A casa e o escritório do filho do empresário e uma igreja à qual Yoo supostamente está associado também foram revistados. Yoo passou quatro anos preso por fraude no início dos anos 1990.
Coreia do Norte – Em uma rara iniciativa, o desastre resultou em uma mensagem de simpatia à Coreia do Sul emitida pelo regime comunista da Coreia do Norte, que, em geral, se refere ao vizinho apenas com ameaças de destruição. “Expressamos nossas condolências pelos desaparecimentos e mortes, incluindo de jovens estudantes, que estavam a bordo da balsa que naufragou”, disse uma mensagem do regime norte-coreano divulgada pelo porta-voz do Ministério da Unificação Sul-Coreana. Tecnicamente, as duas Coreias ainda estão em guerra, depois do conflito que se prolongou de 1950 a 1953 e foi encerrado apenas com uma trégua.
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.