Coreia do Norte compara Obama a macaco após exibição de ‘A Entrevista’
País ainda culpou os EUA pela recente queda da internet em seu terrotório
A Coreia do Norte comparou neste sábado o presidente americano Barack Obama a um macaco e acusou os Estados Unidos de terem derrubado a internet do país asiático, dois dias depois da estreia do filme A Entrevista, sátira envolvendo um plano para assassinar o ditador norte-coreano, Kim Jong-un. Obama incentivou a exibição do longa e chegou a criticar a Sony por cancelar a estreia do filme – depois que as principais salas de cinema dos EUA se recusaram a exibir a fita, por temor de que pudessem sofrer um ataque terrorista, o estúdio chegou a anunciar que o filme não seria lançado em 25 de dezembro, mas mudou de ideia.
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“Obama é descuidado nas palavras e gestos, como um macaco numa floresta tropical”, afirmou um porta-voz não identificado do Departamento de Polícia da comissão, em comunicado divulgado pela agência oficial de notícias norte-coreana. Não é a primeira vez que a Coreia do Norte lança insultos a Obama e outras autoridades de alto escalão dos EUA e Coreia do Sul. Meses atrás, Pyongyang chamou o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, de “lobo” com uma “horrenda mandíbula protuberante” e a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, de “prostituta”. Em maio, a agência oficial de notícias norte-coreana publicou que Obama tinha a “silhueta de um macaco”.
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Pyogyang nega envolvimento em um recente ataque cibernético aos computadores da Sony Pictures, mas demonstrou forte insatisfação com o filme. Neste sábado, a Comissão de Defesa Nacional, liderada por Kim e principal órgão governamental norte-coreano, afirmou que Obama está por trás do lançamento de A Entrevista. O filme foi classificado pela comissão como ilegal, desonesto e reacionário.
A comissão também culpou Washington por quedas intermitentes de sites norte-coreanos no começo da semana, ocorridas após os EUA prometerem responder aos ataques à Sony. O FBI atribui a invasão do sistema da Sony a Pyongyang. O governo americano se recusou a confirmar se está por trás dos problemas que afetaram a internet na Coreia do Norte.
(Com Estadão Conteúdo)