Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Cop15 chega a pacto histórico para proteger 30% da biodiversidade até 2030

Apesar do avanço, a meta, forçada pela China, ignora objeções de alguns países na África sobre financiamento da preservação

Por Da Redação
19 dez 2022, 11h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Depois de mais de quatro anos de negociações, quase 200 países, menos os Estados Unidos e o Vaticano, assinaram nesta segunda-feira, 19, um acordo para impedir a destruição dos ecossistemas da Terra. O resultado da Cop15, conferência de biodiversidade das Nações Unidas, sucede alertas científicos de que os humanos estão causando o início do sexto evento de extinção em massa no mundo, que representa a maior perda de biodiversidade desde a era dos dinossauros.

    O acordo foi negociado ao longo de duas semanas e inclui metas para proteger 30% da biodiversidade do planeta até o final da década. Além disso, determina a reavaliação de US$ 500 bilhões em subsídios prejudiciais ao meio ambiente e promete restaurar 30% do solo degradado do planeta, águas subterrâneas, ecossistemas costeiros e marinhos.

    O encontro, organizado pelo Canadá e a China e sediado em Montreal, ocorre após repetidos atrasos devido à pandemia da Covid-19. A discussão final começou na noite de domingo 18, e durou mais de sete horas. 

    Continua após a publicidade

    No entanto, o tratado parece ter sido imposto pela China, que ignorou as objeções de alguns estados da África. O negociador da República Democrática do Congo tentou bloquear a proposta apresentada pela China, sob a justificativa de que a negociata deixou de fora um novo fundo internacional para a biodiversidade, separado do fundo Facilidade Ambiental Global (GEF), que as Nações Unidas já criaram. 

    China, Brasil, Indonésia, Índia e México são os maiores receptores de financiamento do GEF, e alguns estados africanos queriam mais dinheiro para a conservação como parte do acordo final. Contudo, momentos depois da discussão, o ministro do Meio Ambiente da China e presidente da Cop15, Huang Runqiu, disse que o acordo estava finalizado e acertado. 

    Mesmo depois que negociadores de Camarões, Uganda e da República Democrática do Congo declararam oposição formal ao acordo, um advogado das Nações Unidas disse que o texto já havia sido aprovado. Camarões chamou a situação de “fraude”, enquanto Uganda disse que houve um “golpe de estado” contra a Cop15.

    Continua após a publicidade

    O financiamento da preservação foi o principal ponto de discórdia nas horas finais das negociações durante a Cop27, no Egito, no mês passado. Os estados membros da União Europeia, o Reino Unido e outros países do norte geopolítico defenderam metas de conservação ambiciosas no texto final, apesar das ressalvas de países subdesenvolvidos. 

    +A conquista histórica pela criação de um novo fundo na COP27

    Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo queriam que os governos concordassem com a criação de um novo fundo de biodiversidade como parte do pacto de Montreal para pagar para novos alvos de conservação. 

    Continua após a publicidade

    No acordo final, os países decidiram criar um novo fundo dentro do principal mecanismo existente de financiamento da biodiversidade das Nações Unidas – o GEF – e se comprometer com negociações futuras sobre um fundo separado. Os países ricos concordaram em fornecer US$ 30 bilhões em financiamento até 2030, o que se acredita ser um aumento substancial em relação aos níveis atuais. 

    Embora o acordo Montreal-Kunming não seja juridicamente vinculativo, os governos terão a tarefa de mostrar seu progresso no cumprimento das metas com planos nacionais de biodiversidade, semelhantes às NDCs (contribuições determinadas nacionalmente) da conferência climática das Nações Unidas, que os países usam para mostrar avanços no cumprimento das metas do Acordo de Paris.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.