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Conservador Andrzej Duda é reeleito presidente da Polônia

Duda adotou práticas nacionalistas e foi fortemente criticado por mudanças que restringiam a independência do Judiciário e a liberdade de imprensa no país

Por Da Redação
Atualizado em 13 jul 2020, 09h09 - Publicado em 13 jul 2020, 08h55

O presidente conservador da Polônia, Andrzej Duda, derrotou o rival liberal e pró-europeu Rafal Trzaskowski no segundo turno e foi reeleito para um novo mandato de cinco anos – anunciou a Comissão Eleitoral nesta segunda-feira, 13. Durante seu primeiro governo, Duda adotou práticas nacionalistas e foi fortemente criticado pela União Europeia por implementar mudanças que restringiam a independência do Judiciário e a liberdade de imprensa no país.

Em sua campanha, o conservador, que é grande aliado do presidente americano, Donald Trump, prometeu endurecer ainda mais a lei antiaborto e se declarou contrário ao que chamou de “ideologia LGBT”, que segundo ele é “mais destrutiva que o comunismo”.

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A vitória foi apertada: Duda obteve 51,21% dos votos, contra 48,79% para o opositor liberal e prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, que prometia estreitar as relações do país com a União Europeia. O resultado consolida a posição do Partido Direito e Justiça (PiS), que está no poder desde 2015, mas a pequena margem do triunfo reforçará as críticas provocadas por suas polêmicas reformas.

Redução das liberdades

O governo conservador nacionalista do PiS é acusado pelos rivais de ter reduzido as liberdades democráticas conquistadas há três décadas, após a queda do comunismo. A eleição estava programada para maio, quando Duda tinha uma liderança folgada nas pesquisas, mas teve que ser adiada devido à pandemia de coronavírus, uma crise que levou o país à recessão pela primeira vez desde o fim do regime comunista.

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O apoio a Duda – que prometeu manter as apreciadas ajudas sociais introduzidas pelo governo do PiS – foi grande nas zonas rurais e pequenas cidades do país, enquanto seu adversário conseguiu os melhores resultados nas zonas urbanas e ocidentais da Polônia, próximas da fronteira com a Alemanha.

No primeiro turno, em 28 de junho, Duda, de 48 anos, recebeu 43,5% dos votos quando a disputa tinha 10 candidatos. Trzaskowski ficou em segundo lugar com 30,4% dos votos.

Jurista conservador e eleito presidente em 2015, Duda raramente expressou oposição às iniciativas do partido Pis de Jaroslaw Kaczynski e promulgou sua generosa política social, assim como as reformas que fragilizam o Estado de direito.

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Na campanha eleitoral, Duda fez discursos pelos valores tradicionais da família polonesa, contra minorias, além de ter acusado a vizinha Alemanha de tentar ajudar a oposição. Em busca dos votos da direita, Duda recorreu a ataques contra a comunidade LGBT, associando o movimento pela consolidação desses direitos como uma “ideologia” pior do que o comunismo.

Quatro dias antes do primeiro turno da eleição presidencial, Duda se tornou o primeiro líder estrangeiro a visitar a Casa Branca desde o início da pandemia. Ele recebeu um elogio de Trump por seu “excelente trabalho”.

E, antes do segundo turno, o ministro da Justiça, Zbigniew Ziobro, definiu as eleições como um “confronto entre duas visões da Polônia, uma branca e vermelha e outra da cor do arco-íris”, em uma referência às cores da bandeira nacional e ao símbolo da comunidade LGBT.

(Com AFP)

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