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Confrontos no leste da Ucrânia aumentam pelo segundo dia e acirram crise

Movimento é visto por Ocidente como um possível pretexto de Moscou para justificar uma eventual invasão, o que o Kremlin nega

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 fev 2022, 15h57 - Publicado em 18 fev 2022, 08h44

Forças do governo ucraniano e rebeldes pró-Rússia relataram aumento de confrontos no leste da Ucrânia pelo segundo dia seguido, em um movimento que Washington e outros países ocidentais dizem poder ser parte de um pretexto de Moscou para justificar uma invasão.

A Rússia nega as acusações e declarou nesta semana ter retirado parte de suas tropas posicionadas perto da fronteira com o país vizinho. Países ocidentais, no entanto, afirmam que mais equipamentos e tropas estão chegando e montando preparações normalmente vistas nos dias finais antes de um ataque militar.

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De acordo com um alto funcionário do governo americano, as forças russas aumentaram em aproximadamente 7.000 o número de soldados na região, elevando para 150.000 o total de militares nas fronteiras. 

Na quinta-feira, em meio à tensão política, diplomática e militar, o governo ucraniano e grupos separatistas apoiados por moscou já haviam se acusado mutualmente de violações ao regime de cessar-fogo em Donbas, onde ficam as províncias separatistas de Donetsk e Luhansk e onde confrontos desde 2014 já deixaram mais de 14.000 mortos.

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Embora o pacto de não agressão na região de Donbas estivesse sendo desrespeitado desde que foi firmado, sete anos atrás, com maiores ou menores incidentes, que são relatados para a Missão Especial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), o agravamento recente é visto com mais atenção por autoridades. 

Ambos os lados disseram que uso de armas aumentou dramaticamente nas últimas 48 horas, embora não haja relatos de mortes até o momento. Na quinta-feira, a OSCE, que normalmente registra dezenas de pequenas violações por dia, disse que houve quase 600 violações, incluindo mais de 300 explosões de quarta para quinta-feira.

“Não há tranquilidade pela frente. Os ataques de artilharia causaram feridos entre militares e civis, e causaram danos na infraestrutura”, informou o chefe da administração cívico-militar de Donetsk, Pavel Kirilenko, na quinta-feira. 

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Por sua vez, as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk alegaram que o Exército da Ucrânia atacou as imediações de nove cidades sob controle delas, segundo a agência de notícias dos separatistas pró-Rússia “DAN”.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse estar “extremamente preocupado” com os relatos de uma escalada. Ele já havia alertado que uma concentração de tropas ucranianas perto das linhas de frente de Donbas poderiam soar como provocação.

Kiev, no entanto, negou estar reunindo soldados na região e rebateu afirmando que separatistas russos estão atirando projéteis em vários locais, incluindo jardins de infância e escolas.

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O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma confirmação terá consequências graves. Segundo Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. De acordo com ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

A aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

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