Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Comunidade internacional critica embaixada dos EUA em Jerusalém

Países condenam também a reação policial israelense contra manifestantes palestinos na Faixa de Gaza; até o momento, 52 pessoas morreram

Por Da Redação
Atualizado em 14 Maio 2018, 15h39 - Publicado em 14 Maio 2018, 15h36

(Em atualização)

Reino Unido, França e Rússia condenaram a abertura da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém. Também expressaram indignação pela morte de dezenas de manifestantes palestinos por forças israelenses, na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (14), e fizeram apelos por moderação.

A transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém havia sido rejeitada por 128 dos 193 Estados-membros das Nações Unidas. Sua inauguração, hoje, provocou uma manifestação de dezenas de milhares de pessoas na fronteira da Faixa de Gaza com Israel. Até o momento, 52 pessoas foram mortas.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, denunciou um “massacre”.

“A morte chocante de dezenas de pessoas e os centenas de feridos por tiros de munição real em Gaza devem parar imediatamente, e os autores dessas violações flagrantes dos direitos humanos devem ser responsabilizados”, reagiu o alto comissário para os Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra’ad Al-Hussein.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar “particularmente preocupado” com a situação em Gaza.

Continua após a publicidade

A Anistia Internacional denunciou uma “violação abjeta” dos direitos humanos e “crimes de guerra” em Gaza, enquanto a Human Rights Watch (HRW) denunciou “um banho de sangue”.

Reino Unido

“Estamos preocupados com relatos de violência e perda de vidas em Gaza. Pedimos calma e moderação para evitar ações destrutivas para os esforços de paz”, declarou um porta-voz da primeira-ministra Theresa May.

França

“A França mais uma vez apela às autoridades israelenses para que exercitem o discernimento e a contenção no uso da força”, disse o ministro das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, destacando “o direito dos palestinos de se manifestarem pacificamente”.

Continua após a publicidade

Paris desaprova a transferência da embaixada americana para Jerusalém, que “viola a lei internacional”, declarou o chanceler.

União Europeia

“Pedimos a todas as partes que ajam com a máxima moderação, a fim de evitar mais perdas de vidas humanas”, afirmou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.

Ela lembrou a “posição clara e unida” da UE, segundo a qual a transferência das embaixadas de Tel Aviv para Jerusalém não deveria acontecer até que o status da Cidade Santa seja acertado em uma resolução de conflito.

Continua após a publicidade

Rússia

Perguntado se a transferência da embaixada americana faz a Rússia temer um agravamento da situação na região, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse: “Sim, nós temos isso”.

“Estamos convencidos de que não devemos reverter unilateralmente as decisões da comunidade internacional. E o destino de Jerusalém deve ser decidido pelo diálogo direto com os palestinos”, disse o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.

Turquia

“Nós rejeitamos essa decisão, que viola a lei internacional e as resoluções da ONU”, declarou o presidente Recep Tayyip Erdogan. “Com essa decisão, os Estados Unidos escolheram fazer parte do problema e perdem seu papel de mediador no processo de paz” no Oriente Médio.

Continua após a publicidade

O porta-voz do governo, Bekir Bozdag, denunciou um “massacre” na fronteira com a Faixa de Gaza, cuja “administração americana é tão responsável quanto Israel”.

Kuwait

“Condenamos o que aconteceu. Hoje ou amanhã, poderíamos pedir uma reunião de emergência” do Conselho de Segurança, disse o embaixador do Kuwait na ONU, Mansour al-Otaibi, cujo país é um membro não permanente do Conselho.

Marrocos

O rei Mohammed VI denunciou uma “decisão unilateral”, que “se opõe ao direito internacional e às decisões do Conselho de Segurança”.

Continua após a publicidade

Egito

O Ministério das Relações Exteriores expressa “sua forte denúncia aos disparos israelenses contra civis palestinos desarmados”, chamando os mortos de “mártires” e advertindo contra uma “escalada”.

O grande mufti Shawki Allam denunciou, com a abertura da embaixada americana, “uma afronta direta e clara aos sentimentos de mais de um bilhão e meio de muçulmanos na terra”, o que “abre as portas para mais conflitos e guerras na região”.

Bélgica

“Peço que se evite qualquer uso desproporcional da força e retomem o diálogo para uma solução duradoura para o conflito o mais rápido possível”, escreveu o ministro das Relações Exteriores, Didier Reynders.

Noruega

A ministra das Relações Exteriores, Ine Eriksen Søreide, disse estar “extremamente preocupada com a espiral de violência que estamos testemunhando agora na fronteira entre Israel e Gaza”. “É inaceitável disparar munição real contra os manifestantes.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.