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Companhias aéreas cancelam voos para a Venezuela

Clima de tensão na véspera da Constituinte fez a Iberia e a AirFrance suspenderem pousos em Caracas

Por Da redação
Atualizado em 1 ago 2017, 17h11 - Publicado em 29 jul 2017, 12h56
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  • Duas companhias aéreas, a Iberia e a AirFrance, cancelaram voos para a Venezuela por preocupações com segurança. O país vive clima de tensão na véspera das eleições para uma Assembleia Constituinte. Criticado pela comunidade internacional, o pleito deste domingo é denunciado pela oposição venezuelana como uma manobra autoritária do presidente Nicolás Maduro para se segurar no poder.

    A companhia espanhola Iberia cancelou dois voos entre Madri e Caracas neste domingo devido à “delicada situação” na Venezuela. A francesa AirFrance suspendeu os voos entre Paris e Caracas de domingo até a próxima terça-feira.

    “A companhia tem a melhor vontade e a disposição de retomar as operações na Venezuela. Enquanto isso, a prioridade é preservar a segurança dos passageiros, da tripulação e de todos os funcionários que atuam nos nossos voos”, disse a Iberia na nota.

    Constituinte

    Apesar de quatro meses de protestos violentos e da ameaça de sanções por parte dos Estados Unidos, a Venezuela se prepara para a votação que pode agravar ainda mais a crise no país.

    Nos redutos da oposição venezuelana em Caracas, jovens montam barricadas com galhos de árvores, lixo e arame farpado. Conflitos com forças policiais iniciados na tarde de sexta-feira se estenderam noite adentro. Ao menos 113 pessoas morreram e outras 2 mil ficaram feridas durante os meses de embate.

    Demais localidades da capital venezuelana estão mais calmas. Pela cidade, moradores afirmam que querem a saída de Maduro do poder, mas não estão dispostos a arriscar suas vidas na disputa.

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    Neste domingo, venezuelanos votarão para compor uma Assembleia Constituinte, para substituir a Constituição criada durante o governo de Hugo Chávez. Maduro fez uma convocação massiva de seus apoiadores. Enquanto isso, a oposição sugere um boicote ao processo, alegando que a votação proposta pelo governo foi estruturada para garantir que seu partido tenha domínio sobre a Constituinte.

    Opositores ainda afirmam que o governo está tão receoso sobre um eventual baixo comparecimento às urnas que está ameaçando demitir funcionários estatais que não votarem, além de remover benefícios sociais, como alimentos subsidiados, de quem deixar de votar.

    (Com agências EFE e Estadão Conteúdo)

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