Como Kiev está resistindo ao cerco russo; veja vídeos
Resistência feroz surpreendeu os soldados invasores, que estão frustrados com o avanço lento
A captura de Kiev é a prioridade de Vladimir Putin. Mas a resistência ucraniana, mesmo sem a mesma capacidade militar do exército da Rússia, tem se mostrado muito mais feroz do que o presidente russo previra. Até agora, a cidade tem conseguido repelir os invasores, apesar das baixas. Segundo o ministério da saúde da Ucrânia, 198 pessoas foram mortas. Os ataques do exército russo têm sido frequentes:
Atualizações da Ucrânia 🇺🇦
🚨Kyivpic.twitter.com/xAIWroGe6i
— News Guerra (@news_guerra) February 26, 2022
De acordo com o Ministério de Defesa britânico, a velocidade do avanço russo diminuiu por conta da resistência ucraniana e de graves dificuldades logísticas. Pontes que garantiam acesso à cidade foram derrubadas para impedir o avanço de tanques inimigos. Informações do Pentágono também apontam que os mais de 150 mil soldados russos enviados à Ucrânia já estão lutando dentro do país, mas ficam cada vez mais frustrados. Muitos acreditavam que a cidade seria tomada em poucas horas.
Vídeos que circulam nas redes sociais exaltam a mobilização de civis na tentativa de barrar o avanço das tropas do Exército Vermelho.
You won`t defeat this country! pic.twitter.com/Q43MyBY39d
— KyivPost (@KyivPost) February 26, 2022
Civis desarmados tentam a todo custo apelar para a compaixão dos soldados russos. Nos arredores da capital, a população tentou conter o avanço de tanques se colocando na frente dos blindados. Uma imagem que lembra as cenas de protesto da praça da Paz Celestial, em Pequim.
Ordinary Ukrainians try to stop the #tank with the bare hands
#Ukrainians are invincible! #UkraineUnderAttack #UkrainiansWillResist #UkraineWar pic.twitter.com/jX4mKOxEPR— KyivPost (@KyivPost) February 26, 2022
Nas redes sociais, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem postado vídeos e mensagens em que conclama os cidadãos a continuar a defesa e pressiona outros países a oferecer ajuda. Em um deles, aparece em frente ao palácio presidencial como prova de que não fugiu. Ele recusou a ajuda dos Estados Unidos para escapar, afirmando que precisa de “munições, não de uma carona”.
Не вірте фейкам. pic.twitter.com/wiLqmCuz1p
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) February 26, 2022
A estratégia tem surtido efeito. A Alemanha anunciou que vai enviar mil armas antitanque e 500 mísseis Stinger, usados em defesa antiaérea. Também autorizou a Holanda a enviar 400 lançadores de granadas para ajudar a Ucrânia. A França também prometeu enviar 300 milhões para reforçar o orçamento da defesa, além de material bélico, mas não especificou quais armas pretende enviar. O Ministério da Defesa da República Checa aprovou o envio de armas e munições no valor de 8 milhões. A Polônia foi a primeira a oferecer ajuda, prometendo um comboio de munição para o governo ucraniano.
O próprio governo ucraniano está distribuindo armas a reservistas e civis desde que a invasão russa começou. Somente em Kiev foram mais de 18 mil armamentos oferecidos a membros da resistência, inclusive pessoas sem qualquer treinamento militar. Cidadãos ucranianos estão estocando garrafas de Coquetel Molotov na tentativa de conter a ofensiva.
Além de armamentos, Zelensky tem pressionado por outras formas de ajuda. Ele espera que a Turquia feche os estreitos do Bósforo e de Dardanelos, impedindo o avanço de navios russos, mas o presidente turco, Recep Erdogan, não se comprometeu com a medida.
A cidade de Kiev está sob um toque de recolher vigente até segunda-feira. De acordo com o prefeito, Vitali Klitschko, qualquer pessoa que for vista na rua será imediatamente considerada inimiga.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram ataques diretos feitos por mísseis a prédios residenciais na capital ucraniana.