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Como funciona o THAAD, o escudo antimísseis que defende a Coreia

Rússia e China não gostaram da instalação do sistema na Coreia do Sul, que detecta projéteis em um raio de até 2.000 km

Por Angela Nunes
Atualizado em 5 Maio 2017, 09h38 - Publicado em 2 Maio 2017, 18h19

Instalado em um antigo campo de golfe em Seongju, na Coreia do Sul, o escudo antimísseis americano THAAD foi projetado para interceptar e destruir projéteis de curto e médio alcance. Sua implantação na Coreia do Sul é uma resposta dos Estados Unidos aos repetidos testes com mísseis balísticos realizado na região pelo líder norte-coreano Kim-Jong-un e tem como objetivo proteger o país aliado de um possível ataque de do regime da Coreia do Norte.

O sistema THAAD é formado por três partes essenciais:

  • Radar: o ANTPY-2, com alcance de cerca de 1.000 km, detecta o lançamento inimigo.
  • Centro de Comando: recebe os dados e aciona o disparo do lançador.
  • Lançador: atira o míssil interceptador contra o alvo detectado. Cada lançador carrega até 8 mísseis.

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O THAAD é capaz de destruir mísseis até 200 km de distância. Seu radar, que tem alcance de cerca de 1.000 km, pode ser alterado e estender a cobertura para até 2.000 km. O escudo americano tem ainda duas características importantes: é um sistema móvel, que pode ser facilmente transportado e montado, e seus mísseis não carregam explosivos. Os projéteis inimigos são derrubados apenas com o impacto, o que minimiza o risco de detonações. 

O campo de ação do radar do THAAD causou discórdia, especialmente com China e Rússia. Nesta terça-feira, após a confirmação pelo Exército dos Estados Unidos de que o escudo antimísseis já está em funcionamento, o governo Chinês pediu a suspensão “imediata” da instalação do sistema. Pequim denunciava há vários meses a instalação do dispositivo, ao alegar que prejudica sua própria força de dissuasão e possíveis negociações de paz com Pyongyang. Asim como a Rússia, alega que o sistema invade seus territórios e coloca em risco o equilíbrio da região.

missil-thaad-infografico-2
(VEJA/Reuters)

A montagem do sistema em Seongju também provocou reações de sul-coreanos, que acreditam que o sistema coloca em risco os moradores da região, e torna o local um alvo para o inimigo.

(com AFP)

 

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