O Comitê Olímpico Internacional (COI) suspendeu nesta quinta-feira, 12, a delegação da Rússia “com efeito imediato até novo aviso”. A medida foi comunicada após o Comitê Olímpico de Moscou ter legitimado a anexação ilegal de quatro territórios ucranianos anexados pelo presidente russo, Vladimir Putin, em setembro do ano passado.
Em nota, o COI afirmou que o reconhecimento do time russo representava “uma violação da Carta Olímpica porque viola a integridade territorial do Comitê Olímpico Nacional da Ucrânia”. O órgão ainda decidirá “no momento apropriado” se atletas da delegação poderão competir sob bandeira neutra nas Olimpíadas de Paris, previstas para julho de 2024, e nos Jogos de Inverno de Milão-Cortina, em 2026.
“O Comitê Olímpico Russo não tem mais o direito de funcionar como Comitê Olímpico Internacional, tal como definido na Carta Olímpica, e não pode receber qualquer financiamento do Movimento Olímpico”, diz o pronunciamento.
+ Rússia e Belarus não serão convidadas para a Olimpíada de Paris
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Os Conselhos Olímpicos das regiões de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia, que foram anexadas após suspeitíssimos referendos em que 99% da população apoiou a junção à Federação Russa, foram incorporados pelo Comitê Olímpico Russo (ROC).
O órgão internacional tem sido alvo de pressão, desde a invasão das tropas do Kremlin ao território ucraniano, para que proíba a participação russa e bielorrussa na competição sediada na França. Em março, o COI havia indicado que cabiam às federações olímpicas decidir se os esportistas deveriam disputar as provas como neutros.
A tensão ao redor do COI levou, em julho, à decisão de que a Rússia e a Belarus não receberiam convites formais para os Jogos Olímpicos de Paris, reforçando o apoio à Ucrânia. Esta será a quinta Olimpíada consecutiva com sanções à equipe russa. O país foi parcialmente banido dos Jogos Olímpicos de Verão do Rio de 2016 como punição por seu programa de doping.