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Comitê do Nobel cancela cerimônia com María Corina Machado, opositora de Maduro

Seria a primeira vez que líder da oposição da Venezuela apareceria em público desde 9 de janeiro; seu paradeiro é desconhecido

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 dez 2025, 16h09 • Atualizado em 9 dez 2025, 18h38
  • A coletiva de imprensa com a líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, vencedora do Nobel da Paz de 2025, que estava prevista para esta terça-feira, 9, em Oslo, na Noruega, foi cancelada. Seria a primeira vez que María Corina, voz ativa contra o ditador Nicolás Maduro, apareceria em público desde 9 de janeiro, quando participou de um protesto contra a vitória autoproclamada do líder chavista em Caracas. De lá para cá, seu paradeiro é desconhecido devido a ameaças repetidas por ter desafiado o regime.

    “A conferência de imprensa está cancelada para hoje e não temos mais informações sobre como e quando ela virá”, anunciou um porta-voz do Instituto Nobel. Questionado se o evento poderia ser remarcado para quarta-feira, 10, ele respondeu: “Acho que não, nunca se sabe… Nós também não temos ideia.”

    Em comunicado, a organização acrescentou: “María Corina Machado já afirmou em entrevistas o quão desafiadora será a viagem até Oslo, na Noruega. Portanto, não podemos, neste momento, fornecer mais informações sobre quando e como ela chegará para a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz.”

    A família de María Corina já havia chegado à capital norueguesa para a cerimônia. Poucas horas antes da coletiva, jornalistas credenciados receberam mensagens marcadas como “urgentes” do chefe de mídia e comunicação do comitê. A mãe da líder da oposição, Corina Parisca de Machado, de 84 anos, chegou ao aeroporto de Oslo ainda na segunda-feira, 8. Ela não vê a filha há um ano.

    “Todos os dias rezo o terço, peço a Deus Pai e à Virgem, juntos, que possamos ter Maria Corina amanhã”, disse ela à agência de notícias francesa AFP ainda na segunda. “E se não a tivermos amanhã, é porque essa é a vontade de Deus.”

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    + De engenheira a Nobel da Paz: quem é María Corina Machado

    Sobre a laureada

    Ao longo da carreira política, Machado denunciou sistematicamente as violações de direitos humanos, a corrupção e a deterioração das instituições democráticas na Venezuela. Ela fundou o partido Vente Venezuela em 2013, sigla de orientação liberal-econômica que se tornou sua principal plataforma política. Seu estilo confrontacional, a rejeição absoluta ao modelo socialista e sua recusa em negociar com o governo a diferenciaram de outros líderes da oposição mais moderados.

    Diante da impossibilidade de concorrer às eleições no ano passado, ela usou sua capacidade de mobilizar milhões de venezuelanos, incluindo a diáspora, para apoiar a candidatura de Edmundo González Urrutia, mantendo seu papel de líder moral e estrategista da campanha da oposição. O regime declarou a vitória de Maduro, apesar de evidências contrárias e das amplas acusações de fraude.

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    Hoje, Machado é uma figura profundamente polarizadora na Venezuela. Para seus seguidores, ela representa a resistência incorruptível à ditadura, uma líder corajosa disposta a sacrificar tudo pela democracia. Seus opositores, por outro lado, apontam-na como representante da elite econômica desconectada das necessidades do povo e a acusam de promover posições políticas extremas.

    O Nobel da Paz é concedido a pessoas ou organizações que tenham “realizado o maior ou o melhor trabalho em prol da fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução de exércitos permanentes e pela realização e promoção de congressos de paz”, como indicou o fundador do troféu, Alfred Nobel, no seu testamento em novembro de 1825.

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