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Com restos ‘reveladores’ de balão espião chinês, FBI inicia investigação

Sensores e eletrônicos foram recuperados; Casa Branca excluiu possibilidade de ETs e disse que o programa de vigilância de Pequim remonta a anos

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 10h41 - Publicado em 14 fev 2023, 10h08

O FBI, o serviço de investigação da polícia dos Estados Unidos, começou a analisar e investigar nesta terça-feira, 14, os restos do balão que sobrevoou o espaço aéreo americano no início do mês – e que Washington afirma ser um aparelho de espionagem da China.

A análise será possível após novos restos do balão, como sensores, terem sido recuperados na segunda-feira, 13, segundo a Casa Branca. O Pentágono disse que os destroços do equipamento são “reveladores”.

“As equipes conseguiram recuperar detritos reveladores do local, incluindo todos os sensores prioritários e peças eletrônicas identificadas, bem como grandes seções da estrutura”, disse o Comando Norte dos Estados Unidos em comunicado.

+ China acusa EUA de violar seu espaço aéreo com balões ao menos 10 vezes

O balão, abatido na costa da Carolina do Sul em 4 de fevereiro, foi o primeiro de uma série de objetos misteriosos derrubados pelos militares americanos durante um período de oito dias. Segundo o porta-voz do conselho de segurança nacional, John Kirby, contudo, o programa de vigilância da China remonta a anos – pelo menos ao governo do ex-presidente Donald Trump.

“Ele estava operando durante o governo anterior, mas não o detectaram”, disse Kirby.

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“Agora, temos estudado cuidadosamente para aprender o máximo que pudermos. Sabemos que esses balões de vigilância da RPC [República Popular da China] cruzaram dezenas de países em vários continentes ao redor do mundo, incluindo alguns de nossos aliados e parceiros mais próximos”, completou.

Haverá um briefing confidencial com todos os senadores no Capitólio nesta terça-feira.

Também nesta terça, no Japão, autoridades informaram que um objeto que sobrevoou as águas japonesas no sudoeste do país, perto da região de Kyushu, em janeiro do ano passado, era provavelmente um balão espião chinês.

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Kirby não deu novos detalhes sobre os outros três objetos abatidos mais recentemente, incluindo um objeto voador “octogonal” não identificado no estado do Michigan, e outros dois derrubados sobre o Canadá, no sábado 11, e o Alasca, no dia anterior. No entanto, ele disse que as autoridades saberiam mais sobre os outros incidentes assim que os destroços fossem recuperados e analisados.

+ O que se sabe sobre os quatro objetos voadores abatidos pelos EUA

Segundo informações preliminares, todos os três objetos são muito menores e voavam a uma altitude mais baixa do que a do balão espião chinês. Mas sua origem, composição e propósito permanecem desconhecidos. Kirby disse que eles não apresentavam ameaça para as pessoas no solo, não enviavam sinais de comunicação e nem tinha capacidade de propulsão.

“[Mas] embora não tenhamos nenhuma razão específica para suspeitar que eles estavam realizando vigilância de qualquer tipo, não podemos descartar isso”, acrescentou.

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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, sugeriu na segunda-feira 13 que os objetos faziam parte de um “padrão” de vigilância dos Estados Unidos e seus aliados pela China e Rússia. “O que vimos nos EUA faz parte de um padrão em que a China e também a Rússia estão aumentando as atividades de vigilância dos aliados da Otan”, disse.

+ Brasil pode estar na trajetória do segundo balão espião da China?

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, ecoou esses comentários, dizendo: “Acho que obviamente há algum tipo de padrão aí. O fato de estarmos vendo isso em um grau significativo na semana passada é motivo de interesse e muita atenção”.

Em uma coletiva de imprensa no domingo, um oficial sênior da Força Aérea disse que não poderia eliminar a possibilidade de atividade extraterrestre. “Vou deixar a comunidade de inteligência e a comunidade de contra-espionagem descobrirem isso. Não descartei nada neste momento”, disse o general Glen VanHerck, chefe do comando de defesa do espaço aéreo norte-americano (Norad).

Mas no briefing de segunda-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que os objetos não vieram de fora da Terra. “Não há indicação de alienígenas com essas recentes quedas. Eu queria ter certeza de que o povo americano soubesse disso”, disse Jean-Pierre.

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