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Colômbia e Exército de Libertação Nacional acertam trégua

Cessar-fogo entre o governo e a última guerrilha ativa no país vigorará até o início de 2018

Por Da redação
4 set 2017, 20h15

A Colômbia e Exército de Libertação Nacional (ELN) acertaram nesta segunda-feira, em Quito, um cessar-fogo bilateral que vigorará até o início de 2018, apenas dois dias antes de o papa Francisco chegar para uma visita ao país andino.

A trégua terá início em 1º de outubro e terminará em 12 de janeiro, podendo ser prorrogada se for respeitada, disse o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, em um discurso televisionado. “A prioridade é proteger os cidadãos, por isso, durante este período, sequestros, ataques a oleodutos e outras hostilidades contra a população civil cessarão”, acrescentou. Os detalhes e os métodos de verificação, no entanto, ainda estão sendo finalizados.

O governo e a última guerrilha ativa no país vêm dizendo há tempos que a visita do papa seria uma boa oportunidade para convocar um cessar-fogo e Santos considerou a trégua como uma “ótima notícia” de boas-vindas ao papa Francisco. O pontífice fará uma visita de cinco dias às cidades de Bogotá, Villavicencio, Medellín e Cartagena.

A organização rebelde enfatizou o anúncio no Twitter e disse que espera que a visita do sumo pontífice propicie novos compromissos a favor de uma “paz completa”. “Depois dos dias de celebração que acompanham a presença de Francisco na Colômbia, continuaremos empenhados em avançar na direção de um desarmamento do conflito, até que a Paz Completa seja uma realidade”, afirmou a guerrilha.

Negociações

O grupo rebelde, que com frequência  bombardeia instalações petrolíferas e realiza sequestros por dinheiro com frequência, foi criado em 1964, assim como as Farc, e cresceu sob a influência da Revolução Cubana e da Teologia da Libertação, uma corrente da Igreja Católica que defende a luta pelos mais pobres.

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O acordo marca o maior avanço desde que as negociações começaram em fevereiro, com o objetivo de acabar com um conflito de mais de meio século. Apesar das conversas de paz em Quito, o ELN, que de acordo com as autoridades tem cerca de 1.500 combatentes, até agora se recusou a parar os sequestros e ataques.

(com agências internacionais)

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