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China promete retaliação ‘dolorosa’ ao Reino Unido após decisão sobre 5G

Governo britânico proibiu compra de equipamento da chinesa Huawei a partir de 2021; Pequim culpou EUA por influenciar decisão de Londres

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 jul 2020, 09h46 - Publicado em 15 jul 2020, 09h33
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  • Em resposta à decisão do governo britânico de proibir que operadores de telecomunicações adquiram tecnologia 5G da Huawei, a China ameaçou o Reino Unido com uma retaliação “pública e dolorosa”. Em um editorial publicado nesta quarta-feira, 15, no jornal estatal Global Times, Pequim afirmou que não pode “permanecer passiva”.

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    “É necessário que a China retalie o Reino Unido, caso contrário seríamos vistos como fáceis de intimidar. Tal retaliação deve ser pública e dolorosa”, diz o jornal, que é controlado pelo governo e usado como voz oficial do Partido Comunista.

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    A decisão britânica de proibir a tecnologia da Huawei a partir de 2021 foi tomada após os Estados Unidos, que promovem uma guerra comercial com a China, anunciarem novas sanções à companhia, em maio deste ano. Os americanos alegam que a empresa pratica espionagem cibernética para o governo chinês e ameaça a segurança nacional dos países onde atua.

    A empresa e o regime de Pequim negam. O ministro da Digitalização, Oliver Dowden, disse que toda a infraestrutura da Huawei será eliminada do território britânico até 2027.

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    Os laços entre o Reino Unido e a China se deterioraram no mês passado, depois que Pequim aprovou à força uma nova lei de segurança nacional que reprime a autonomia de Hong Kong. O governo britânico reagiu com críticas e prometeu apoiar ativistas e manifestantes pró-democracia.

    Autoridades chinesas também culparam os Estados Unidos por fazer pressão sob o Reino Unido para banir a Huawei. “Sem qualquer evidência concreta, o Reino Unido apontou riscos sem fundamento como desculpa, e cooperou com os Estados Unidos para discriminar, suprimir e excluir empresas chinesas”, acusou a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Hua Chunying.

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    Hua Chunying disse que a China “avaliará completa e seriamente este incidente e tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”. A porta-voz disse ainda que Pequim alertaria as empresas chinesas “para atribuírem grande importância aos crescentes riscos” que enfrentam no Reino Unido.

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    Nos últimos dias, algumas das principais operadoras britânicas, como Vodafone e BT, disseram que a eliminação dos equipamentos da Huawei teria alto custo e poderia resultar em cortes de sinal. A tecnologia 5G promete velocidades mais rápidas da Internet e maior capacidade de dispositivos.

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    O Brasil também se envolveu na guerra pelo controle do mercado de 5G. A Huawei deixa claro seu interesse em participar da implantação da tecnologia no país. Porém, ao mesmo tempo em que tenta conservar os laços com a China – o maior parceiro comercial brasileiro – o governo de Jair Bolsonaro também força uma aproximação com os Estados Unidos.

    Além da Huawei, as outras grandes empresas que oferecem serviços de 5G semelhantes ao chinês são a sueca Ericsson, a finlandesa Nokia e a sul-coreana Samsung – não há nenhuma empresa americana que disputa o monopólio no mesmo patamar.

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