A China iniciou operações comerciais em um novo reator nuclear de quarta geração, o primeiro do tipo no mundo, informou a mídia estatal na quarta-feira 6. O projeto precisa de um grande investimento, que Pequim parece disposta a fazer para cumprir os objetivos do Acordo de Paris, firmado em 2015, para o combater o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Em comparação com reatores anteriores, a central de quarta geração de Shidaowan, na província de Shandong, no norte da China, foi concebida para utilizar o combustível de forma mais eficiente e melhorar a sua economia, segurança e pegada ambiental. O projeto se enquadra nos planos chineses de recorrer à energia nuclear para tentar cumprir as metas de redução das emissões de carbono.
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Alto valor comercial
A agência de notícias Xinhua também disse que a planta de reator refrigerado a gás (HTGCR) de alta temperatura e 200 megawatts (MW) usa um design modular, ou seja, pode ser construída fora do local onde será instalada.
Os proponentes do projeto afirmaram que podem operar o reator de locais remotos e abastecer setores da indústria pesada que tradicionalmente têm dificuldade de reduzir o uso de combustíveis fósseis, mas críticos afirmam que a tecnologia é demasiado cara.
O alto valor foi o motivo de um projeto americano semelhante ter sido cancelado. A NuScale Power, que se esperava ser a primeira empresa dos Estados Unidos licenciada para construir um pequeno reator modular, disse este mês que encerrou um projeto planejado de um reator de 462 MW em Utah devido ao aumento dos custos.
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Energia nuclear na China
A China tem o objetivo de produzir 10% da sua eletricidade a partir de fontes nucleares até 2035, e 18% até 2060. Porém, até setembro deste ano, Pequim não tinha cumprido o seu objetivo para 2020 – de instalar 58 gigawatts de capacidade nuclear.
Pequim também não assinou o compromisso assumido por 20 países na conferência climática COP28, que ocorre no Dubai até o dia 12 de dezembro, de triplicar a capacidade de energia nuclear até 2050.